Cinders and Ashes - ziam

1. Não é o suficiente

— Peguem Liam! Peguem a Guarda! Peguem todos! Precisamos deter as criaturas!— O rei Zayn Malik rugiu para o Senhor Niall Horan e o Capitão da Guarda Louis Tomlinson.

Ele ainda conseguia ouvir o riso do Mago da Morte Marikoth Ravenspar sobre o Luminus enquanto corria passando por seus amigos e pela esfera brilhante.

Ele saiu correndo de seu quarto e pelo corredor. Niall e Louis se apressaram atrás dele, mas ele continuou ultrapassando-os. Ele superou a todos.

A Morte está chegando.

O Muro que separava Númenor e o Império das Fadas havia desaparecido. Com que frequência ele desejava que isso acontecesse no passado? Todos os dias desde que fora conjurado. Mas ele queria isso para confrontar o Rei Thalanil Ravenspar pelas mortes de seus pais. Para vingar-se e curar seu reino.

No entanto, agora ele sabia que nem o Muro nem Thalanil causaram essas coisas. Foi o irmão de Thalanil, Marikoth, que era, na verdade, responsável pela morte de seus pais. O Muro não tinha nada a ver com o esgotamento da vida de Númenor.
Na verdade, ele os protegera das criaturas enlouquecidas no Império.

Mas agora esses monstros estavam atravessando. Não naturalmente, com certeza. Que monstro viria ao seu reino arruinado e devastado, onde a vida pendia por um fio e não havia comida?

Não, eles estavam sendo forçados a entrar no reino. Instigados por Marikoth, eles foram enviados a Númenor em uma fúria. Eles foram enviados para matar.

—E ele não vai parar de enviá-los até que eu concorde em me unir a ele. Mas isso só atrasará o fim. Apenas Liam e eu podemos salvar este mundo. Mas sobreviveremos a Marikoth tempo suficiente para cumprir nosso destino?

Se ele se unisse a Marikoth, as mortes que ele lutava para evitar agora ainda ocorreriam. Aquelas e mais. Muito, muito mais. Pois Marikoth não tinha desejo de governar com justiça. A fome dentro dele não tinha limites, não podia ser saciada e eventualmente consumiria o Mago da Morte.

Mesmo sem essa fome o impulsionando, Marikoth simplesmente desejava possuir o que considerava seu, e quem quer que tentasse detê-lo seria destruído. E Zayn tinha certeza de que no topo dessa lista de pessoas que ele mataria estavam aqueles que Zayn mais amava.

Zayn desceu as escadas. Ele quase esbarrou na Rainha Artremaya, a governante de Sultane, enquanto ela calmamente vestia suas luvas. Ela havia planejado se encontrar com ele para um passeio pelo reino. Ela havia visitado quando era criança, mas seus lugares favoritos provavelmente eram apenas uma lembrança distante agora. Mas ela insistiu em vê-los. Ela precisava saber o que estava reservado para o seu reino.

—Rei Zayn!— ela exclamou quando ele segurou seus ombros para impedi-la de girar e cair de costas.

—Rainha Artremaya, o Muro caiu! Monstros estão chegando! Eu preciso ir!— As palavras gritadas mal faziam sentido para seus próprios ouvidos. Ele não ousava acreditar que ela entenderia. Mas ele não tinha tempo para explicar.

Seus olhos se arregalaram e, felizmente, ele viu entendimento enchê-los. Sem hesitar, ela disse: —Então eu irei com você.

—Você vai precisar de uma arma e de todos os seus guarda-costas—, ele disse.

—Eu não posso esperar por...

—Vamos! Eu alcançarei você e reunirei qualquer outra pessoa que eu encontrar—, ela o assegurou e correu de volta para seu quarto sem dizer outra palavra.

Ele estava grato por ela ser tão prática e inteligente quanto parecia. Era sortudo tê-la como aliada. Mas esses pensamentos o deixaram quando ele galopou para o pátio. Uma jovem Guarda estava levando seu cavalo em direção aos estábulos. Ela deu um grito quando ele pegou as rédeas de suas mãos e subiu no dorso do animal.