Cinders and Ashes - ziam

6. O preço da liberdade

Ryleth levantou um escudo mágico no momento em que as bolas de fogo, ácido e gelo estavam prestes a atingi-la. Uma bola de ácido espirrou contra seu escudo e deslizou para baixo para formar uma poça a poucos centímetros dos pés de Jacona.

O sicen recuou, mas Ryleth impediu Jacona de fugir de trás do escudo. Bolas de fogo e gelo se encontraram no ar, e uma névoa espessa se ergueu enquanto eles se enfrentavam. Ryleth usou esta cobertura para enviar uma rajada de bolas de fogo para os traidores Magos de Batalha. Houve gritos quando alguns encontraram um lar na carne Feérico.

— Traidores! — Tela gritou.

Mas ela não agiu. A própria traição deles pareceu paralisá-la com a boca aberta e olhos enormes.

Zayn avançou contra as barras na direção de onde ela estava. O movimento a deixou atordoada, e ela alcançou o bastão embainhado em suas costas.

— Eu não sou o inimigo, Tela! E não são apenas os Magos de Batalha! Olhe! — Zayn apontou para o comprimento da caravana.

Aranhas estavam saltando de ambos os lados da estrada e arrancando os infelizes aldeões que estavam muito perto da borda dos escudos parecidos com guarda-chuvas de seus Magos de Batalha.

Tela, novamente, parecia atordoada demais para agir.

— Tela! Pegue minha espada! — Zayn rugiu. — Deixe-me sair para protegê-lo! 

Ele podia sentir Rompe-Tormentas  esticando-se em direção a ele da sela de Ryleth.

Ela enviou uma onda de terra em direção a Samron e os Magos de Batalha Tradavor. Ele ficou impressionado em como ela conseguiu afastá-los.

Ele tinha pensado que um contra mais de uma dúzia era impossível, mas Ryleth estava mais do que se segurando. Samron havia recuado pelos portões.

— TELA! — Zayn gritou.

A aprendiz se sacudiu. Ela tirou seu cajado e enviou uma rajada de bolas de relâmpago para as aranhas alegres que pegaram Feérico gritando depois de Feérico gritando e os puxaram para as árvores e fora de vista.

— Tela, preciso da minha espada! — Zayn gritou.

— Escravos não ganham espadas. Você vai viver ou morrer conosco esta noite, — ela disse e girou em direção a Ryleth, com a intenção de alcançar sua senhora.

— Caramba! — Zayn caiu para trás, suas correntes chacoalhando.

— Eles são loucos! Eles precisam de toda a ajuda possível! — Niall chorou.

— Ela está certa. Eles nunca dariam uma arma a um humano. Eles não confiam em nós. E considerando o que você pode fazer com essa espada, eu entendo de onde eles estão vindo, — disse Emma. — Você poderia matar todos eles. 

Havia um leve brilho em seus olhos, como se ela esperasse que ele tivesse a oportunidade de fazer exatamente isso.

— Zayn é um espadachim notável, mas não acho que ele pudesse matar todo mundo sozinho. Não que ele queira fazer isso! — Niall disse enquanto os três se afastavam das barras da jaula.

— É mais do que isso, Niall. Algo... aconteceu com Rompe-Tormentas e eu. Desde que cheguei aqui me sinto muito mais poderoso, — Zayn murmurou, mesmo enquanto cerrava os dentes a cada grito.

Ryleth tinha conseguido forçar Samron e os Magos de Batalha Tradavor completamente de volta à vila.

— Feche os portões! Deixe os infratores do lado de fora com seu destino! — Samron comandou.

— Samron, seu bastardo! — Ryleth gritou. — Você está nos matando! 

— Eu tenho que salvar meu povo, Ryleth. Você e os seus são o sacrifício que estou disposto a fazer! — Samron gritou sobre o silvo de magia e os gritos das pessoas.

O último Mago de Batalha cambaleou em Tradavor, e o portão mágico subiu, prendendo todos eles do lado de fora. Alguns Magos de Batalha subiram para as ameias e começaram a enviar mais bolas de fogo, gelo, ácido e plasma em Ryleth.