Depois de horas esperando ela acordar, Julia ficou apenas com algumas dores pelo corpo e uma leve dor de cabeça.
Agora ela estava descansando na suíte dos pais, quando acordou ficou um pouco confusa, disse que queria descansar e eu apenas concordei.
Enquanto ela estava descansando eu aproveitei para achar frutas, assim não precisamos sair em buscas das mesmas. Assim que cheguei resolvi ir até seu quarto para ver como estava.
— Julinha... — Cutuquei ela.
— Por que você sempre me acorda assim?
— Porque você é fofinha.
— Eu não sei se isso aqui é um sonho, mas eu me lembrei das merda que eu fiz. — Revelou.
— Você se lembrou? Se lembrou de tudo? — Perguntei eufórico.
— Se tudo for dar em cima de você e ter fogo no rabo... Sim, eu lembrei de tudo.
— Sério? — Perguntei sem acreditar nesta possibilidade.
— Sério. — Afirmou.
Júlia Miller
Confesso que fiquei com vergonha das atitudes que eu tive. Que tesão era aquele? Eu nunca fui assim.
— Vamos fazer alguma coisa? — Perguntei me jogando no pequeno sofá que ficava ao lado das bebidas.
— Tipo? — Ele se jogou do meu lado.
Minha vida está um tédio, não faz mal provocar Payton.
— Talvez isso. — Coloquei minha mão na coxa dele e subi devagar até sua barriga. Percebi ele ficar tenso e ri internamente. — Pintar as unhas? — Mostrei minha mão.
— O que? — Payton me olhou confuso.
— Eu posso pintar suas unhas de branco?
— Julia, não ache que eu não entendi.
— Pintar as unhas, Payton, tem esmalte branco no meu banheiro. — Me levantei e fui até o mesmo, peguei o esmalte e mostrei para ele. — Viu, você que está criando coisas na cabeça.
— Quer pintar minhas unhas?
— Quero.
— Ah, isso é coisa de viado, mas tudo bem eu deixo, mas com uma condição. — Encarei ele. — Eu quero um beijo.
— Acho melhor você resolver esse probleminha antes. — Apontei para o volume que marcava seu calção.
— Você é culpada disso, sabia? — Ele tapou com suas mãos e levantou-se.
— Onde está indo?
— Eu não vou bater uma na sua frente. — Ele deu as costas saindo da lancha. — A não ser que você queira. — Ele disse rindo.
— Não tenho culpa se você não se controla.
— Ele tem vida própria.
Resolvi ir até o quarto dos meus pais para arrumar as coisas. Eu estava pensando em mudar a posição da cama faz um tempo. É muito quente no meio do quarto.
Fiz um pouco de esforço e consegui mover um pouco do lugar. Agradeci pela cama não ser fixada. Fiquei com um pouco de calor e resolvi tirar minha blusa, já que eu estava de biquíni por baixo, não tinha problema.
Voltei a empurrar a cama e finalmente consegui mudar ela de posição. Deixei embaixo da janela, agora não vou passar mais calor à noite.
— Finalmente. — Me joguei na cama cansada. — Como isso cansa. — Eu disse a mim mesma recuperando o fôlego.
— Se divertindo sem mim? — Payton entrou no quarto. Sentei-me na cama encarando o menino.
— Experimenta mudar uma cama dessas de lugar para você ver.
— Espera. — Olhou para a cama. — Você mudou ela de lugar?
— Não, Payton, ela veio caminhando até aqui.
— Então... — Ele me olhou confuso.
— O quê?
— Pensei que você estava fazendo outra coisa.
— Babaca. — Revirei os olhos.
Como eu estava com fome fui até a cozinha e achei algumas frutas, peguei uma banana e um mamão. Com o canivete de Payton, que estava em cima da mesa, cortei as frutas no prato para mim comer.
— Quer um pouco? — Perguntei.
— Quero. — Ele ia pegar com a mão, mas eu o impedi. — O que foi?
— Lavou suas mãos?
— Eu me esqueci. — Ele abriu a boca. Se ele está achando que eu vou dar as frutas na boca dele, ele está certo, porque é isso que eu vou fazer.
— Só você mesmo. — Coloquei uma das frutas em sua boca e que boquinha. Ela estaria sendo bem mais útil em outro lugar.
— Posso te dar um beijo? — Ele perguntou.
— Só um beijo? — Questionei. Payton se aproximou para me beijar e eu virei o rosto. — Me espera no corredor. — Mandei.

VOCÊ ESTÁ LENDO
A Ilha
Fiksyen PeminatApós um "passeio" entre inimigos que acaba em um acidente, Payton e Julia ficam presos em uma ilha deserta e dependem um do outro para sobreviver. Onde um odiava o outro, mas será que esses sentimentos vão mudar?