Vegas Theerapanyakul estava deitado na cama da suíte nupcial do melhor e mais caro hotel da cidade, fingindo estar dormindo, mas na verdade, refletia sobre o que acabara de fazer.
Vegas não passou a primeira noite de sua lua de mel com a ômega que deveria ser sua esposa. Ele largou ela no meio da cerimônia de casamento, e em vez disso, dormiu com Pete, seu secretário.
Ele gostaria de culpar o champanhe pelo que acontecera, mas como os dois só tinham bebido duas garrafas, não podia dizer que estava bêbado. Não tinha condições de dirigir, claro, mas estava bastante sóbrio para saber que dormir com um funcionário seu não era uma atitude inteligente.
E para piorar a situação, Pete era seu melhor amigo.
Vegas tateou a cama à sua volta e sentiu que ainda estava quente. O lençol e a sua pele estavam impregnados com seus cheiros misturados.
Ele ouviu um golpe surdo e uma voz baixinha praguejando do outro lado do quarto. Pete estava se movimentando furtivamente pelo quarto escuro, provavelmente à procura de suas roupas.
A única explicação para o acontecido, mesmo que pouco convincente, foi o fracasso do casamento na noite anterior. É claro que deprimido e desanimado, ele não estava raciocinando com clareza.
Em vez de dizer sim, ele disse não e abandonou a noiva no altar. Aliás, era o segundo noivado que abandonava. Que culpa ele tinha se só naquele momento entendeu o terrível engano que estava para cometer? Que culpa tinha se sua vontade de casar e constituir uma família o deixava cego? E que, depois de um mês de namoro, ele mal conhecia a ômega com quem se casaria e que, por sinal, só estava interessada no seu dinheiro, como seus amigos já vinham lhe alertado.
Que pesadelo!
Jamais se esqueceria do olhar indignado de Lya quando ele, no meio da cerimônia de casamento, se virou para ela e disse:
- Me perdoe. Não posso continuar com isso.
Vegas ainda sentia o seu queixo dolorido como resultado do soco que ela lhe acertara na hora. Ele bem que mereceu. Apesar de ser uma ômega mentirosa e interesseira, ela não precisava ser humilhada daquele jeito. Por que será que ele não conseguia encontrar a pessoa certa? Há cinco anos queria formar uma família. Imaginou que a esta altura, já estaria feliz e contente, casado, com pelo menos um filho nascido e outro a caminho.
Nada em sua vida estava correndo como devia ou planejara.
Depois que Vegas interrompeu abruptamente a cerimônia de casamento, Pete o levou até o hotel onde estava reservada a suíte para a lua de mel e o champanhe gelado o esperava. Como Vegas não queria beber o champanhe sozinho, ele o convidou. Pete então pediu que o serviço de quarto trouxesse jantar para dois, mesmo ele dizendo que estava sem fome, e colocou gelo no seu queixo. Pete sempre cuidava dele e assim fizera na noite passada.
Vegas não sabia dizer exatamente como tudo começou. Num momento, eles estavam sentados conversando, de repente, Pete olhou para ele de um jeito, e logo estavam se beijando e arrancando as roupas um do outro.
Os lábios de Pete eram quentes e doces, seu corpo, macio e sensível. E o sexo foi simplesmente fantástico. Nunca conheceu alguém que gostasse tanto de falar durante o sexo. Não precisou adivinhar o que ele queria, pois não teve vergonha de pedir.
Nossa, ele realmente se deitara com Pete.
Estaria mentindo se dissesse que nunca olhou para ele com esta intenção. Sempre se sentira atraído por ele. Pete era bonito, mas de uma beleza sutil, não do tipo que hipnotizava. Sua beleza vinha de dentro, da sua personalidade e da sua força.
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Descobrindo a Paixão - vegaspete ABO
RomancePor dez anos, Pete trabalhou para Vegas Theerapanyakul. Porém, Pete era mais que um assistente. Ambos são os melhores amigos um do outro. Contudo, alguns drinks abrem caminho para uma noite escaldante que pode mudar as suas vidas. ═───...