• 01 | Prólogo.

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TRÊS ANOS DEPOIS.

Mia

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Mia.

Andei lentamente pelo escritório, meus saltos ecoando no chão junto com a música alta da boate. Parei em frente ao brutamonte sentado à minha frente e furei o pacote de cocaína com uma faca. Peguei um pouco de pó com a ponta do dedo e levei até o rosto do homem.

- Prova. - Sorri de canto para ele. - Essa droga é da boa, você não acha pó assim em qualquer lugar. - Falei confiante, eu sei a qualidade do produto com que eu trabalho.

O homem olhou para o pó, então para mim, antes de inalar uma pequena quantidade. Seus olhos se arregalaram levemente, mas ele manteve a compostura.

- O que me faz acreditar que esse aqui é o melhor pó de Toronto? - Ele perguntou.

- Porque ele não vem daqui, simples. - Eric respondeu enquanto fumava, escorado na bancada do bar, observando a interação de longe.

- E ele vem de onde? - O homem insistiu, tentando arrancar mais informações.

Suspirei, um pouco irritada, sentando no sofá de frente para ele e colocando os pés para cima na mesinha. Saco, odeio compradores chatos que querem saber demais.

- Colômbia, bebê. - Respondi com firmeza. - Nossos contatos são os melhores. Você não vai encontrar nada igual no mercado. E a qualidade... - Soltei uma nuvem de fumaça enquanto olhava para ele. - Fala por si só.

- E aí, grandão? Vai querer? É pegar ou largar. - Eric se aproximou sentando ao meu lado no braço do sofá.

O homem respirou fundo, ele parecia bem impressionado, mas ainda sim estava relutante.

- Tudo bem. Mas qual é o preço? E qual é a garantia de que vocês vão cumprir com o acordo?

- O preço é justo pelo que oferecemos. - Respondi, minha voz calma. - E a garantia... bem, eu não acho que você quer descobrir o que acontece se tentar nos trair. - Dei um sorriso frio.

Eric deu um passo à frente, tirando um maço de dinheiro do bolso e jogando na mesa diante do homem.

- Considera isso um gesto de boa vontade. - Disse com o cigarro no canto boca. - Estamos dispostos a investir em uma parceria lucrativa. Mas não confunda nossa generosidade com fraqueza.

O homem olhou para o dinheiro, depois para nós, e finalmente assentiu.

- Tudo bem. Negócio fechado. - Ele estendeu a mão, primeiro para Eric e depois para mim.

Apertei a mão dele com firmeza.

- Ótimo. - Falei com um meio sorriso. - Espero que essa seja uma longa e lucrativa parceria pra todos nós.

Eric soltou mais uma baforada de fumaça, um sorriso satisfeito se formando em seu rosto.

- Você não vai se arrepender. - Ele disse, enquanto o homem pegava o dinheiro e a droga, saindo do escritório.

Mrs. O'Connell | second seasonOnde histórias criam vida. Descubra agora