Anos se passaram desde que Mia decidiu largar tudo, deixando Billie e toda a dor do passado para trás. Tornando-se uma mulher fria e calculista, Mia passou a comandar o submundo do crime em Toronto, erguendo uma das maiores máfias do Canadá ao lado...
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Mia.
- Amor, oito pontos na parte de trás da cabeça e quatro na lateral, tirando os cortes do rosto. - Billie riu enquanto eu passava creme nas pernas para dormir. - Mas agora sério, você podia ter matado ela.
Dei de ombros, continuando a passar o creme tranquilamente.
Já estávamos no meu apartamento. Depois que desci com Casey, Billie deu alguns suprimentos para Reneé limpar os machucados. E é óbvio que só band-aides e curativos não foram suficientes; a cabeça dela não parava de sangrar, estava aberta.
Então a filha da puta teve que ir para o hospital e lá ela recebeu alguns pontinhos. Ficamos com a Casey enquanto isso, e depois ela voltou para buscá-la.
Eu simplesmente amei quebrar a cara dela, acho que nasci pra fazer isso. Se pudesse, teria matado ela naquela cozinha mesmo, mas não sou tão sangue frio de matar uma mãe no mesmo lugar em que a filha está. Admito que ver ela puro sangue foi satisfatório demais. Acabei sofrendo alguns arranhões também, mas nada muito grave comparado a ela.
Não me arrependo do que fiz, pelo contrário, me sinto completamente em paz e feliz. Na verdade, em paz só vou me sentir quando matar ela, mas agora com a Casey na jogada complica um pouco.
A cozinha da Billie vai ter que passar por algumas reformas também, os armários ficaram totalmente destruídos, assim como alguns pratos. Mas isso tudo é material e se conquista rapidinho.
- Tô pouco me fodendo pra aquela filha da puta. Por mim, que morra. - Falei, fechando o pote de creme e guardando junto dos meus perfumes.
Billie sentou na cama, suspirando pesado.
- Amor, eu sei que é difícil, mas você tinha que ter se controlado, a Casey tava lá e...
Soltei uma leve risada interrompendo-a.
- Me controlar o caralho. - Disse indignada. - Aquela vadia teve o que mereceu. Ela ficou o tempo todo falando merda e se atirando pra cima de você. E você não falou nada...
- Preferia que eu tivesse respondido as provocações dela?
Parei pensando um pouco.
- Não. Você fez bem... só não gostei de te ver ajudando ela a se levantar depois... - Cruzei os braços, sentando na ponta da cama. - Que levantasse sozinha, aquela cadela.
- Amor... ela tava toda fodida e a Casey tava lá... é a mãe da minha filha... tive que ajudar.
- Eu sei. Mas tô dizendo que eu não gostei. - Empinei o nariz e ela riu, se aproximando.
- Eu nunca tinha te visto bater em alguém assim... - Ela sussurrou no meu ouvido, colocando meu cabelo para o lado. - Você destruiu a cara dela...
- Você não me viu fazer muitas coisas nesses três anos, O'Connell. - Respondi.
