Anos se passaram desde que Mia decidiu largar tudo, deixando Billie e toda a dor do passado para trás. Tornando-se uma mulher fria e calculista, Mia passou a comandar o submundo do crime em Toronto, erguendo uma das maiores máfias do Canadá ao lado...
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Billie.
Balancei Casey no colo, observando Mia e Finneas fofocarem do outro lado da sala. Nós iríamos para o galpão depois, mas antes eu quis passar no hotel para ver minha filha.
Afinal, como já disse, faziam três dias que eu não a via. E eu queria garantir que ela estava bem antes de ir matar a mãe dela.
Voltei minha atenção para Casey, fitando suas mãozinhas enquanto ela brincava com as pontas do meu cabelo. Meu coração estava apertado, e era inevitável não sentir o nó se formar na minha garganta ao olhar para ela.
- Você sabe que tudo o que a mamãe faz é pro seu bem, né, meu amor... - Coloquei uma mecha loirinha dela para trás da orelha.
Casey levantou os olhos azuis para mim e ficou me olhando com serenidade, como se sentisse que algo não estava bem.
Eu sei que é necessário matar Reneé, mas ao mesmo tempo, olhar para minha filha e pensar em como ela vai crescer sentindo a falta da mãe me deixa dividida. Entre fazer e não fazer.
Engoli em seco, sentindo uma vontade imensa de chorar, mas me mantive firme, acariciando a bochecha macia de Casey. Ela, parecendo perceber o que estava acontecendo dentro de mim, me abraçou.
Senti uma lágrima escorrer e fechei os olhos, acariciando seus cabelos macios.
- Mamãe vai resolver tudo, meu amor... - sussurrei, passando os dedos entre seus fios. - Você é a coisa mais importante da minha vida, Casey... - minha voz quebrou um pouco, e eu segurei o choro que ameaçava transbordar. - E eu vou fazer de tudo pra te proteger, pra garantir que você tenha a vida que merece, longe de toda essa droga que cerca a gente.
Ela afastou o rostinho para me olhar e levou as mãozinhas até minhas lágrimas, tentando limpá-las.
- Triste, mamain... - disse baixinho, ainda tentando limpar meu rosto.
Sorri fraco, negando com a cabeça.
- Não, minha princesa, mamãe não tá triste... mamãe tá chorando porque você é a coisinha mais linda que existe nesse mundo. - Beijei o rosto dela, ouvindo uma risada gostosa. - Mamãe tá chorando porque te ama muito, muito. - Dei vários beijinhos no rosto dela, vendo-a se contorcer tímida no meu colo enquanto ria.
- Cosquinhas! - Ela se contraiu, sorrindo por causa dos beijos.
Ri junto com ela e fiz mais cócegas em sua barriga.
- Cosquinhas, minha princesa? - Brinquei com ela, ouvindo-a rir sem parar.
Mia saiu do lado de Finneas e veio até minha direção com um sorriso genuíno no rosto.
- Precisamos ir, meu amor, tá ficando tarde... - disse calmamente.
Suspirei pesado e assenti, largando Casey no chão.
