Anos se passaram desde que Mia decidiu largar tudo, deixando Billie e toda a dor do passado para trás. Tornando-se uma mulher fria e calculista, Mia passou a comandar o submundo do crime em Toronto, erguendo uma das maiores máfias do Canadá ao lado...
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Mia.
Abri os olhos tendo a visão mais perfeita que poderia existir. O'Connell dormia ao meu lado serenamente, como se não existisse nada com o que devêssemos nos preocupar.
Abri um leve sorriso observando cada detalhe seu, e meu coração se aqueceu por tê-la ao meu lado novamente.
Se algum dia me contassem que eu estaria assim, acordando ao lado dela, eu com certeza riria ou me mataria de tanto desgosto.
Mas no fim, o que eu posso fazer se o destino parece insistir em nos juntar?
É impressionante como todas as vezes que tentamos nos afastar e viver uma longe da outra, nós falhamos e falhamos miseravelmente. Por mais que as circunstâncias, nossos atos e até mesmo as pessoas ao nosso redor tentem nos separar, nós sempre terminamos juntas, voltando uma para os braços da outra. Mesmo depois de tudo o que passamos, e todas as merdas que ela fez, eu não consigo me imaginar sem ela. Eu simplesmente não quero viver sem ela.
Suspirei, acariciando seu rosto delicadamente, sentindo a maciez de sua pele sob meus dedos.
- Bom dia pra mulher mais gostosa desse mundo. - Ela disse sonolenta, ainda sem abrir os olhos.
- Bom dia, meu amor. - Acariciei seus cabelos, depositando um leve beijo em seu rosto.
- Caralho, você quase me matou ontem. - Ela riu, me puxando para cima dela.
- A culpa foi sua que me fez cheirar três carreiras de pó. - Dei um beijo nela. - Era óbvio que eu não ia cansar.
Ela riu, passando a língua sobre os lábios.
- Talvez eu devesse fazer isso mais vezes, então. - brincou, suas mãos deslizando pelas minhas costas. - Gostei de ver você toda animadinha.
Sorri, me inclinando para beijá-la novamente, sentindo o calor familiar de seus lábios contra os meus.
- Eu não reclamaria, O'Connell. - Murmurei, mordiscando seu lábio inferior. - Mas da próxima vez, vamos pegar mais leve. Não quero te matar de verdade.
Ela riu novamente, me puxando para mais perto.
- Prometo me comportar. - Disse, sua voz suave. - Ou tentar, pelo menos.
Suspirei tranquila, descansando minha cabeça sobre seu ombro, ouvindo o maravilhoso som de seus batimentos cardíacos.
- E o que a gente vai fazer hoje? - Ela perguntou, e eu levantei o rosto, começando a traçar círculos imaginários em seu peito.
- Acho que nada. - Respondi. - Eu tenho que trabalhar, tenho muita coisa pra fazer e preciso caçar aquela vagabunda. - Fechei a cara ao lembrar de Reneé.
- Você vai pra boate?
- Sim, tenho coisas pra fazer.
- Posso ir junto? - Perguntou, e eu franzi o cenho. - Você vai tentar descobrir coisas dela, eu quero estar junto.