Anos se passaram desde que Mia decidiu largar tudo, deixando Billie e toda a dor do passado para trás. Tornando-se uma mulher fria e calculista, Mia passou a comandar o submundo do crime em Toronto, erguendo uma das maiores máfias do Canadá ao lado...
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Mia.
- E então... não vai me contar qual a puta que você tá comendo que tá te passando as minhas informações? — Ergui uma sobrancelha enquanto servia mais um copo de uísque para ela.
Já perdi a conta de quantos copos tomamos, e por mais que Billie já esteja felizinha, a bebida parece nem estar fazendo cócegas nela. Já em mim... confesso que sinto minha visão um pouco embaralhada.
- Ah, amor, assim perde a graça. Não posso te contar, senão não vou conseguir mais saber o que você anda fazendo. — Ela sorriu de canto, levando as mãos às minhas pulseiras e brincando com as mesmas.
- Então quer dizer que é uma mulher? — Perguntei, tentando manter a voz firme apesar do efeito do álcool.
Ela soltou uma risada baixa, enquanto ainda brincava com as pulseiras.
- Talvez sim... talvez não. — Respondeu. — Mas por que você tá tão interessada nisso, babe? Tá com ciúmes?
Revirei os olhos, soltando um riso nasal e tentando disfarçar a frustração.
- Não seja ridícula. — Respondi. — Só quero saber quem tá tentando me foder, sabe? Não suporto que me traiam... — Olhei firmemente para ela, que desviou o olhar, sem graça, ficando um pouco triste.
- Você nunca vai me perdoar, né? — Perguntou, e eu bufei, já impaciente.
- Não estou aqui para falarmos sobre isso, O'Connell. — Falei firme. — E se você não quer que eu me irrite e meta uma bala na sua testa agora mesmo, sugiro que pare de falar sobre isso.
Ela pareceu recuar um pouco diante da minha ameaça, mas logo recuperou sua postura de desdém.
- Tão durona, Mia. — Abriu um sorrisinho, passando os dedos de leve sobre meu braço, seu tom carregado de sarcasmo. — Você fica tão gostosa assim, sabia?
Respirei fundo, sentindo meu coração acelerar um pouco por conta da proximidade. Porra, por que eu bebi tanto?
- É... eu sei. — Dei de ombros, servindo mais um copo de uísque. O porquê? Eu não sei, talvez eu tenha ficado nervosa demais.
Ela sorriu de leve enquanto ainda me encarava.
- Você ainda não respondeu à minha pergunta...
- Que pergunta? — Tomei um gole do uísque, voltando a prestar atenção nela.
- Sobre o Eric... ele te fode melhor do que eu?
Soltei uma risada alta, desacreditada.
- Essa pergunta é ridícula. — Virei o resto da bebida. — E isso não é da sua conta.
- Ridícula ou você tem medo de admitir que ele jamais vai conseguir te fazer gozar como eu fazia. — Murmurou, se aproximando.
Engoli em seco, sentindo o calor subir ao meu rosto. Não era apenas a bebida que estava me deixando nervosa agora.
