Anos se passaram desde que Mia decidiu largar tudo, deixando Billie e toda a dor do passado para trás. Tornando-se uma mulher fria e calculista, Mia passou a comandar o submundo do crime em Toronto, erguendo uma das maiores máfias do Canadá ao lado...
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Mia.
- Tem certeza disso? - Eric perguntou assim que estacionei o carro em frente ao galpão.
- Certeza eu não tenho, mas preciso fazer isso. - Respondi ajeitando minha roupa. - Deixe suas armas no carro, não quero me incomodar.
- Não vou fazer isso, ela é louca. - Disse simplesmente, e eu voltei meu olhar para ele.
- Vai fazer sim. Pode largar todo tipo de arma que você tiver aí. Anda.
Estendi a mão, e Eric bufou, colocando as mãos nos bolsos e tirando uma faca e um canivete. Ele largou os dois na minha mão com um olhar não muito contente e, em seguida, levou as mãos à cintura e tirou uma Glock pequena.
- A outra... - Continuei com a mão estendida.
Ele revirou os olhos, mas puxou outra Glock do tornozelo e entregou, suspirando pesadamente.
- Isso é uma péssima ideia, Mia. - Murmurou, visivelmente frustrado.
- Talvez seja, mas é o certo a se fazer. Ela vai revistar a gente. - Guardei as armas no porta-luvas do carro e fechei com força, olhando para ele com firmeza. - Preciso que você confie em mim. Sei o que estou fazendo.
Eric bufou mais uma vez, mas assentiu, sem dizer mais nada. Saímos do carro e caminhamos até a entrada do galpão. O lugar estava deserto, e a atmosfera extremamente pesada.
Respirei fundo, tentando manter a calma. Precisava entrar ali com a cabeça fria e focada. Dessa vez, não vou deixar essa vagabunda me desestabilizar.
Bom, pelo menos vou dar o meu melhor para não surtar.
Chegamos à entrada do galpão e dois homens nos pararam. Um deles saiu para chamar a Reneé, enquanto o outro ficou parado olhando para a nossa cara.
Eu já estava de saco cheio de toda essa merda.
Reneé então apareceu, e para minha alegria, a cara dela estava toda fodida por causa da última vez em que brigamos.
Seu olho esquerdo estava levemente roxo e seu supercílio direito com um curativo. Alguns lindos cortes enfeitavam seu rosto. Ela estava péssima.
Sorri genuinamente ao ver aquela cena.
- Mia, que demora. Pensei que não viria mais... - Ela disse com aquele maldito sorriso que eu odiava. - Você pode entrar, o chaveirinho aí fica. - Se referiu ao Eric.
Cruzei os braços, olhando seriamente para ela.
- Não mesmo. Se o Eric não entrar, eu não entro. - Falei firme. - Ele veio comigo, ele entra comigo.
Reneé ergueu as sobrancelhas e ficou alguns segundos me encarando. Ela torceu o lábio minimamente e assentiu para o segurança, nos deixando passar.
- Tá afiada, amor? - Ela se aproximou, começando a passar a mão em mim enquanto me revistava.
