Anos se passaram desde que Mia decidiu largar tudo, deixando Billie e toda a dor do passado para trás. Tornando-se uma mulher fria e calculista, Mia passou a comandar o submundo do crime em Toronto, erguendo uma das maiores máfias do Canadá ao lado...
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Mia.
Observei o médico aplicar o gel sobre minha barriga com delicadeza, sentindo o gel frio se espalhar pela minha pele. Meu coração estava disparado, parecia que a qualquer momento iria sair pela boca.
Billie, ao meu lado, parecia estar morta de tão tensa, quase como um bloco de gelo.
O médico ajustou o transdutor e começou a movê-lo suavemente sobre a minha barriga. A tela ao nosso lado piscou e começou a mostrar imagens borradas. Eu podia ver formas indistintas do bebê, mas nada estava claro.
- Estão ouvindo? - Perguntou o médico com um sorriso, olhando para mim e Billie. - São os batimentos cardíacos do seu bebê.
Mordi os lábios tentando me concentrar no som, e segundos depois pude ouvir claramente os batimentos cardíacos do nosso filho.
Meu coração disparou e as lágrimas surgiram instantaneamente. Billie levou as mãos à boca e começamos a chorar na frente do médico.
Então, a imagem na tela começou a se definir. A figura do bebê ficou mais clara, e o médico ajustou alguns controles para melhorar a qualidade da imagem.
Meu coração parecia acelerar ainda mais quando ele começou a apontar para a tela. O corpinho do meu filho estava ali, perfeitinho e pequeno. Eu só conseguia chorar enquanto olhava para a tela.
- Podemos ver que o bebê está saudável e se desenvolvendo bem - disse o médico com uma voz suave e reconfortante. - Aqui está a cabeça, o tronco e... vamos ver se conseguimos identificar o sexo.
A imagem começou a girar e a tela mostrou o contorno claro de um pequeno corpo em desenvolvimento. O médico permaneceu em silêncio analisando por alguns segundos, e eu estava quase tendo um ataque do coração.
- E então, doutor? - Perguntei nervosa, vendo-o deslizar novamente o aparelho do ultrassom pela minha barriga.
Billie, ao meu lado, apertava minha mão com força, mordendo os lábios e fixando os olhos no monitor.
O doutor sorriu levemente e apontou mais uma vez para a tela.
- Estão vendo ali? - Ele apontou para o bebê e Billie e eu estreitamos os olhos, encarando a tela. - É uma pequena perninha... Parabéns, mamães, vocês estão esperando um menino.
As lágrimas que já escorriam pelo meu rosto se intensificaram ao ouvir as palavras do médico. Um menino. Eu estava esperando um menino. Era como se o mundo ao nosso redor tivesse parado naquele instante. Olhei para Billie, que ainda estava fixada na tela, seus olhos estavam marejados e com uma mistura de emoções que eu raramente via.
Ela finalmente tirou as mãos da boca, deixando escapar um soluço baixo, quase como se estivesse tentando processar tudo. Bill se inclinou sobre mim, ainda segurando minha mão, e eu senti o calor da sua respiração contra meu rosto.
