Anos se passaram desde que Mia decidiu largar tudo, deixando Billie e toda a dor do passado para trás. Tornando-se uma mulher fria e calculista, Mia passou a comandar o submundo do crime em Toronto, erguendo uma das maiores máfias do Canadá ao lado...
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Mia.
Desci do carro de Eric às pressas e fui diretamente para minha garagem pegar meu outro carro. Eric disse alguma coisa antes de eu descer, mas eu nem sequer escutei.
Eu estava furiosa, extremamente furiosa, que mal conseguia raciocinar direito de tanta raiva. Agora O'Connell foi longe demais. Colocar fogo no meu carro? O que ela tá pensando? Louca do caralho! Se é guerra que ela quer, é guerra que ela vai ter.
Entrei no carro e dei partida, indo em direção ao hotel dela. Abri o porta-luvas, tirando minha arma dali enquanto pisava fundo no acelerador.
A cidade passava como um borrão à medida que eu dirigia, meus pensamentos focados apenas no que faria quando chegasse ao hotel. A raiva queimava no meu peito. Eu sabia que precisava agir com calma, mas era impossível controlar todo ódio que me consumia.
Cheguei ao hotel e estacionei o carro de qualquer jeito. Peguei minha arma, batendo a porta com força e saí em passos largos e rápidos até a entrada. Chegando à entrada, os seguranças dela não me deixaram passar, como eu já esperava.
Os dois brutamontes, inúteis e imponentes, mantiveram suas posições, bloqueando minha passagem com braços cruzados e expressões sérias. Eu sabia que gritar não adiantaria, mas a raiva era tanta que não conseguia me controlar.
- Me deixem passar, porra! - gritei novamente, a voz saindo rouca de tanto esforço.
- Desculpe, senhora. - um deles disse com firmeza. - Temos ordens para não deixar você entrar.
Minha paciência já estava por um fio. Segurei a arma com mais força, sentindo cada vez mais o metal gelado contra minha pele. Olhei para os dois homens, tentando pensar em uma maneira de passar por eles.
- Ou vocês me deixam passar, ou eu faço um escândalo aqui mesmo. - ameacei, apontando a arma para o segurança à esquerda. - Eu estou falando sério.
Eles trocaram olhares, claramente tensos, mas ainda sim não se moveram. E foi aí que eu atingi o ápice da loucura e apontei a arma para cima, atirando sem parar enquanto gritava.
Os seguranças se abaixaram imediatamente, se protegendo dos tiros que ecoaram pelo hall de entrada. Os estilhaços do teto e das lâmpadas caíram ao nosso redor, mas mesmo assim eu não parei. Minha voz se misturava ao som dos disparos enquanto eu liberava toda a raiva que estava acumulada em mim.
- EU DISSE PRA ME DEIXAREM PASSAR, CARALHO! - Gritei, a voz saindo falha de tanto gritar.
As portas do hotel se abriram, e a porra da O'Connell apareceu. Ela parecia estar tão furiosa quanto eu, mas mesmo assim eu não liguei, continuei atirando, meu dedo cravado no gatilho sem vontade de sair.
- VOCÊ TÁ LOUCA, PORRA!? - ela gritou se aproximando, e eu apontei a arma para ela, atirando no braço dela. Sim, eu estava louca. - QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO, CARALHO? - ela gritou de dor, e os seguranças me imobilizaram na mesma hora.
