• 24 | The little doll with blue eyes.

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Mia

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Mia.

Acordei com a minha campainha tocando sem parar. Abri os olhos sem nem saber onde estava. Minha cabeça latejava por eu ter me enchido de droga na noite anterior e meus olhos custavam a se abrir.

Levantei um pouco tonta e olhei o horário no celular. Eram oito horas da manhã. Que porra alguém tá fazendo na minha porta às oito horas da manhã?

Caminhei rapidamente até a porta ainda ouvindo a campainha estridente tocar. Fiquei na ponta dos pés e espiei pelo olho mágico, vendo O'Connell parada enquanto me mostrava o dedo do meio com um meio sorriso.

Porra.

Suspirei, lembrando de toda a merda que estava acontecendo na minha vida, e destranquei a porta, abrindo-a em seguida.

- São oito horas da manhã. - Respondi assim que abri. - E como o porteiro te deixou passar?

- Não consigo, Mia. Não consigo. - Disse um pouco desesperada, passando por mim sem eu nem dar passagem.

- Não consegue o quê, Billie? - Bufei cansada, fechando a porta atrás de mim.

- Não consigo ir no laboratório encarar a Reneé e a bebê. Não consigo.

Suspirei pesado e olhei para ela com as mãos na cintura.

- Porra, Billie. - Passei por ela indo pegar um cigarro. - E o que você quer que eu faça?

Ela ficou alguns segundos em silêncio e em seguida me olhou, abrindo um meio sorriso.

- Vai comigo? - Ela disse e eu comecei a rir enquanto acendia o cigarro.

Não. Ela definitivamente não falou isso.

- Você não tá me pedindo isso, né, O'Connell? - Traguei olhando para ela que fez um beicinho. - Bill... não... o que você tá me pedindo é mais do que eu consigo aguentar... não pode fazer isso comigo.

Ela fechou os olhos, choramingando enquanto se jogava sobre o sofá.

- Eu não queria ir sozinha. - Disse e eu soltei um riso sem humor. - O que foi? - Ela me olhou.

- Acho engraçado que quando você fodeu ela, tava sozinha... e agora quer me levar junto pro laboratório pra ter que ver a porra da sua suposta filha.

Billie fez uma careta, visivelmente incomodada com minha resposta. Ela passou as mãos pelo rosto, parecendo ainda mais perdida e vulnerável.

- Porra, Mia, por favor... não fala assim. - Ela disse com a voz baixa. - Eu só... eu só preciso de você lá. Preciso de você comigo.

Suspirei profundamente, lutando contra o impulso de gritar com ela novamente. Eu sabia que ela estava em um momento difícil, mas isso não tornava a situação menos dolorosa para mim.

Mrs. O'Connell | second seasonOnde histórias criam vida. Descubra agora