Interrogare

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Roma - Itália, 8:00 A

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Roma - Itália, 8:00 A.M , Domingo.



O cheiro extremamente forte da substância contida no charuto que eu tragava estava me enjoando, ou talvez fosse só a voz do meu irmão tagarelando sem parar, a qual eu não conseguia me concentrar normalmente, e por alguma razão desconhecida por mim, eu estava disperso e com a cabeça nos ares, algo que nunca acontecia, pois eu era sempre o mais focado, já que era o chefe e era a minha cabeça a primeira estar em jogo, portanto eu jamais poderia cometer qualquer falha.

Porém, a porra do meu cérebro simplesmente resolver que não funcionaria corretamente naquela manhã, simplesmente tudo sumiu da minha cabeça como se tivesse me dado um branco. E o mais engraçado, é que me sentia cansado, parecia que minha cabeça pesava uma tonelada, mas quando puxava bem no fundo, o propósito de estarmos ali reunidos, era como se eu estivesse completamente esquecido, ainda que eu saiba que estava tudo ali, só... não conseguia focar no que Aron estava falando, ou talvez seja o Ashton, sinceramente, quem falava não era assim tão importante.

— Então, Dimitri nos procurou para pedir ajuda. Parece que ele está com problemas em relação a Yakuza. — disse e suspirou cansado, se jogando na poltrona, com um cigarro no meio dos dedos.— Quem passou o recaído foi o Aluísio, a propósito.

— Hã...quem? — minha mente parece ter despertado de um segundo para outro. Foi como se ouvir o nome de Aluísio tivesse sido gatilho para que eu saísse daquela situação de transe em que me encontrava.

— O Aluísio, seu best friend. — disse com deboche. — Já se esqueceu do seu amiguinho Fratello ?

Ashton não gostava muito de Aluísio, pelo simples fato de que eu confiava mais nele do que nos meus próprios irmãos. Não era só um ciúme fraterno, principalmente Ashton se sentia injustiçado por mim, rejeitado, mas era uma completa bobeira. Eu só acho que eles não precisavam saber de tudo e também não estavam preparados para tudo, não que eu gostasse mais de Aluísio ou algo assim, porém, este último era mais centrado, e mais preparado. Bom, pelo menos costumava ser.

— Ah. — disse apenas antes de me levantar e caminhar até a sacada. — Não acho que a gente deva mexer com a Yakuza.

— E por quê? Está com medo? — perguntou com deboche me seguindo.

— Não é medo Ashton, é evitar conflitos desnecessários. — suspiro e o encaro. — O Japão não causa problemas para nós, o vovô estabeleceu uma trégua há anos que vem sendo mantida, não podemos nos arriscar a comprar briga, muito menos uma briga que não é nossa.

— Concordo, mas o Dimitri já nos ajudou muitas vezes Fratello, inclusive quando você assumiu o posto. O que devemos fazer então? — perguntou se colocando ao meu lado.

— Por enquanto nada, vou me encontrar com Dimitri em algum momento e vamos conversar. — disse cansado, acendendo o segundo charuto.

— Está fumando muito hoje. — observou. — está agitado? Algo te preocupa?

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