O que você faria, se anos após se separarem, encontrasse com o seu melhor amigo... e ele fosse um Capo...?
Como tudo aconteceu? Como aquele garoto doce e alegre havia se transformado naquele homem bruto e insensível?
Venha conhecer a verdadeira fa...
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🫀 Escrevi esse capítulo influenciada por três canções: — Under Influence (Chris Brown) — What It Is — Mount Everest (Labirinth) Curtam o capítulo 🔥
Aviso de possíveis gatilhos: cena de assassinato.
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A festa Capuelo era tradição há muito tempo no meio dos negócios da família. Meu avô havia começado desde que assumiu o posto, todos os anos sem exceção ele realizava uma espécie de confraternização em sua residência reunindo pessoas de várias organizações parceiras, segundo o ensinamento que ele nos passou, a comunhão com os nossos aliados era importante e além disso, nunca eram apenas aliados, por vezes inimigos estavam bem debaixo dos nossos narizes.
E que outra melhor maneira de tê-los na palma de nossas mãos do que os atraindo para nosso próprio território?
E posso dizer com toda certeza que, desde que assumi o comando da máfia italiana, a festa Capuelo, havia se tornado um dos eventos mais esperados do ano no ramo dos "negócios." Afinal, era sempre uma boa ocasião para fechar parcerias, ficar por dentro das ameaças, além do fato de que não era fácil conseguir acesso à minha casa. Só entrava quem eu queria, e cada um de nós, irmãos Capuelo, podíamos levar um convidado.
Minhas companhias eram sempre mulheres aleatórias, acompanhantes, com as quais eu já havia dormido alguma vez. Todo ano era a mesma coisa, elas pisavam na minha casa e depois eu nunca mais as via. Já Ashton e Aron levavam mulheres com as quais estavam saindo no momento, e as garotas, nunca levavam ninguém e eu até preferia daquela forma.
Mas eu deveria ter previsto que naquele ano em especial, as coisas não funcionaram normalmente. E pude constatar isso quando em uma conversa importante com Dimitri, falávamos sobre o próximo carregamento da semana, que era um acontecimento importante já que se tratava de um armamento pesado vindo da Índia, mas aí sua atenção foi totalmente roubada.
Seus olhos se arregalaram e brilharam na mesma medida para algo que via além de mim. Acabei me virando e entendendo no mesmo instante o motivo de Dimitri ter ficado tão embasbacado.
Fratello mio! — Alice disse de maneira exagerada e animada, claramente me provocando enquanto se aproximava. Envolveu seus braços ao meu redor, em um abraço. Porém, meus olhos não conseguiram olhar para outra direção que não fosse,Virgínia. — Trouxe Virgínia como minha convidada, espero que não se importe! — sorri travessa. — Afinal, tenho direito de trazer quem quiser.
Poucas coisas haviam me deixado sem reação ao longo de meus vinte e tantos anos de vida, e Virgínia naquele maldito vestido vermelho era uma delas. Eu não conseguia dizer o que mais havia prendido a minha atenção, se eram as fendas nas laterais que deixavam praticamente toda sua perna à mostra, coxas muito grossas. Ou se talvez, era o decote à altura dos seios que os deixavam em evidência não permitindo que qualquer mero homem mortal que olhasse, conseguisse desviar os olhos para outra maldita coisa que seja, ou se era o vestido em um todo, vermelho, uma cor quente, ou talvez a pessoa que o vestia, a pessoa por baixo daquele tecido fino e bem marcado, talvez fosse ela a causa do calor que se espalhava pelo meu corpo.
