Festival di Capuelo

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Sicília, Itália - 16:40, SÁBADO

O sábado estava frio, do tipo congelante, fazendo com que meus dedinhos dos pés ficassem meio pretrificados ainda que estivessem totalmente cobertos por um par de meias. Estava deitada em minha cama, debaixo de um cobertor de pelinhos, enquanto nas mãos tinha um livro qualquer de romance — que estava esquecido, empoeirado na estante — e uma xícara de chocolate quente ao lado, na cômoda.

Muito infelizmente, preciso dizer que na parte mais interessante do livro, onde o cara marrento ia finalmente se declarar para a mocinha, meu celular começou vibrar sem parar debaixo do travesseiro. Decidi ignorar, porquê nada poderia ser tão importante quanto Richie (o personagem) se declarar para El (seu par romântico). Mas quem quer que fosse, estava decidido a ter me minha atenção, pois o celular não parava de vibrar por nada, e de muita má vontade atendi, mas arrependi no instante em que ouvi a voz de Alice, e mais ainda quando ela me lembrou que naquela noite seria a festa dos Capuelo, o tal baile de gala.

E não, eu não tinha esquecido, eu apenas estava evitando, estava fingindo esquecer na esperança de que ela não lembrasse me ligar para confirmar ou algo assim, pois aí eu simplesmente inventaria uma bela e boa desculpa. Mas claro que não deu certo, Alice deixou bem claro que viria me buscar às 20 horas, já que a festa estava marcada para as 21 horas. E eu só queria sei lá, fingir que havia morrido, que estava doente, tudo, menos ir na festa.

E não se enganem, não tem nada a ver com o Henrico, como eu havia deixado bem claro, ele não me intimidaria de forma alguma, longe disso. O motivo de eu não querer ir, era outro, também do sexo masculino, de olhos azuis e cabelos longos e negros. Aluísio, o próprio.
Tá, eu até entendo que ele é lindo, cavalheiro, e muito atencioso comigo. Só que era muito grudento, passou os últimos desde nosso encontro na banca de livros, me enviando mensagens melosas, poemas ultra românticos, e até mesmo disse que comprou um presente para me entregar no baile. Eu não tinha nenhum problema com bons homens, mas Aluísio só me conhecia há alguns dias e estava agindo como se eu fosse o grande amor da sua vida, simplesmente não fazia sentido.
Sentia pena ao ver suas mensagens açucaradas, seus elogios diários, e responder apenas com "obrigada, você é muito gentil" ou apenas emojis, e ele simplesmente não se tocava, não se constrangia.
Como por exemplo, no dia anterior, até mesmo me ligar ele havia ligado e eu já achei que ele havia ultrapassado muitos limites comigo, e se eu fosse na festa, eu com certeza teria que ser duramente sincera com ele e tinha medo de machucá-lo.

— Querida... — Nonno deu algumas batidinhas na porta antes de abrí-la devagar. — se estiver com fome, eu fiz biscoitos.

— Oh sério? — meus olhos se iluminam deixando o livro completamente de lado. — é claro que eu quero! — sorri e me levantei da cama rapidamente. — Ham, Nonno... você pode hm.... trançar o meu cabelo?

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