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Os primeiros raios de sol adentravam a janela, assim como a porta da sacada, me incomodando

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Os primeiros raios de sol adentravam a janela, assim como a porta da sacada, me incomodando. Eu simplesmente havia me esquecido de fechar na noite anterior.

Depois que Virgínia saiu do quarto, eu fui obrigado a tomar banho novamente e segui os conselhos de Alice, utilizando a água gelada para me auxiliar. De início, eu quase me rendi a tentação de me aliviar sozinho pensando em alguma mulher que eu já tenha pegado e achava atraente, mas ninguém além de Virgínia vinha em mente e eu não queria me tocar pensando nela, porque era estranho, tinha sido estranho o suficiente o que havíamos feito na noite passada.

Eu estava me contradizendo e indo contra todos os limites que eu mesmo estipulei entre nós dois. Simplesmente tinha jurado que não veria Virgínia dessa forma, que não faria nada idiota o suficiente que pudesse me comprometer, mas lá estava eu na noite anterior quase comendo a minha "melhor amiga" se Alice não tivesse interrompido e ainda bem que ela interrompeu, me lembraria de agradecê-la depois.

Eu não sabia onde tava com a cabeça quando permiti que aquilo que acontecesse, que aquele beijo acontecesse. Eu sempre fui o tipo de homem que considerava a razão, e não a emoção, nesse caso, o tesão. Nunca agi por impulso sem antes pensar nas consequências, afinal, eu havia sido treinado, eu estava há anos fazendo tudo certo, e então Virgínia voltou e de repente tudo ao meu redor parecia uma bagunça.

Como naquela manhã, eu deveria estar me levantando para descer e tomar um café, pois tinha uma reunião com a família* e lá estava eu, encarando o teto enquanto divagava sobre a garota hospedada na minha casa.

Quando cheguei à copa, me surpreendi que aparentemente todos já estavam acordados e se alimentando, talvez eu tenha dormido muito já que não chequei as horas. Me aproximei e me sentei no meu lugar de sempre.

Podia sentir os olhos de Alice em mim, julgadores, mas não me atrevi a encará-la, muito menos Virgínia que estava na outra ponta de frente para mim.  Mas é claro, que minha irmã não deixaria de me irritar.

— Bom dia fratello mio. — ela disse sorrindo de orelha a orelha. — Dormiu bem?

— Sim, e quanto a você ? — respondi sem encará-la enquanto me preocupava em cortar a torta a minha frente.

— Muito bem. Você parece bem descansado. — ela sorriu largo. — Tenho certeza de que dormiu o suficiente, até foi o último a acordar hoje...

Não aguentei e acabei soltando os talheres em cima da mesa fazendo um alto barulho, era sempre assim quando estava começando a me irritar. Ergui os olhos e encarei minha irmã seriamente como se dissesse para ela parar com aquilo que estava fazendo.

— O que foi fratello mio? O que eu disse de errado? — ela sorriu com veneno.

— Alice, hm...não provoque o Henrico. — Virgínia disse me encarando, enquanto eu a encarei de volta.

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