Um pouco de desejo

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CAPÍTULO 26

Wang Yibo

“MMM, UM show PRIVADO para um encontro privado.  Acho que estou começando a gostar desse arranjo”, eu disse, me espreguiçando na cadeira de Zhan na Body Electric.

Alguns dias depois, já passava do expediente e ele fechou as cortinas de todas as janelas para que pudéssemos ficar sozinhos.  Só eu, Zhan e seu talento – e no momento, não me referia ao seu pau.

Ele fingiu me encarar de onde estava tatuando uma fênix em um lugar íntimo, na altura do meu quadril.  Muito, muito baixo.
“Começando, hein?”  Zhan disse.  “Eu teria pensado que os incontáveis orgasmos teriam solidificado isso como um bom negócio.”

Foi difícil não me contorcer embaixo dele quando ele me deixou tão duro quanto ele, mas tentei manter meu corpo sob controle para que ele não estragasse a tatuagem.  Havia algo em Zhan me marcando que era tão excitante, e tinha sido desde a primeira vez.  Mas agora?  Depois de tudo que fizemos?  Eu gostei da dor que ele me deu quase tanto quanto do prazer.

"Você está quase pronto? 
Preciso sentar no seu pau,” eu disse, mantendo uma cara séria enquanto olhava para a reação dele.

“Juro por Deus, Yibo...” Ele tirou a pistola de tatuagem da minha pele e eu consegui soltar a risada que estava segurando.

"Você não deveria ser tão bom no que faz", eu disse, olhando incisivamente para a protuberância proeminente que eu exibia e que mal estava coberta devido ao quão baixo ele teve que puxar meu jeans e minha cueca boxer para baixo para pintar o local que eu  escolhi pro desenho.  Por mais que ele estivesse me torturando, eu sabia que era igualmente ruim para ele ter minha ereção na cara dele o tempo todo.

“Estou quase terminando”, disse ele com os dentes cerrados, como se mal conseguisse segurar qualquer resquício de paciência que lhe restasse.  "E então você é meu, porra."

“Estou ansioso por isso”, eu disse, sorrindo para mim mesmo enquanto pensava em me curvar sobre a cadeira para que ele pudesse me bater por trás.  Adicione isso à lista de desejos de fantasia.
Meu celular disparou no bolso e, enquanto Zhan rosnava, eu disse: “Desculpe, desculpe.  Esqueci de desligá-lo.

Quando fui desligar o telefone, vi a tela Sem identificador de chamadas, que geralmente indicava Bash, e sabendo que desta vez não seria enganado por Killian, atendi e apertei o viva-voz.
“Bash, vá embora”, eu disse, sorrindo para Zhan.  “Estou com as mãos de Zhan em mim e não posso ser incomodado.”

“Yibo, aqui é Ernie Sandstone da MGA.”
Meu queixo bateu no chão com tanta força que meu cérebro sacudiu, e até Zhan parou o que estava fazendo para olhar para mim.

“Sinto muito, hum, interromper”, disse Ernie, “mas esperava poder reservar um momento do seu tempo.”

Se minha antiga gravadora estivesse me contatando diretamente, isso significava que eu devia mais dinheiro a eles?  Isso foi um aviso de que eles tentariam me processar por quebra de contrato?  De novo?
Maneira de filtrar minhas chamadas.  É isso.  Estou mudando meu número.

“Você tem a linha direta do meu advogado.  Fale com ele se houver algum problema”, eu disse, e fui encerrar a ligação.
Mas antes que eu pudesse, Ernie disse: “Espere aí, queremos discutir seu novo álbum”.

Isso chamou minha atenção.
"Com licença?"  Eu disse.

“Acho que você interpretou mal por que liguei.  Não há rixa entre nós.  A risada baixa de Ernie parecia nervosa, como se ele estivesse preocupado que eu desligasse e tivesse que explicar aos seus superiores o porquê.