Prólogo.

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Narrador. 

18:07


Grisha se sentou exageradamente em sua cadeira em um ato de cansaço. Encarou sua mesa grande, que tinha papéis e mais papéis, soltando um gemido de desgosto. Corrigiu sua postura, se debruçando sobre a mesa enquanto balançava um papel a sua frente, mostrando-o para o garoto.

—  Não vai me dizer que... — Eren murmurou enquanto pegava a folha que Grisha estendia para ele, lendo atentamente cada palavra do contrato, fazendo com que seu longo cabelo solto escapassem de trás de seus ouvidos. - É sério isso?

O homem mais velho balançou sua cabeça em positividade, cruzando as mãos e as colocando debaixo do queixo.—  Só existem vantagens nesse casamento, meu filho! Os Reiss são a melhor máfia quando se trata de negócios, e com você casando junto a Historiya, nós iremos crescer ainda mais. - O menor ruborizou seu rosto, olhando indignado para o pai.

—  Você só assinou isso sem nem me perguntar antes? Qual é? Voltou ao século passado?! — Se dirigiu ao pai com raiva, sentindo-se preso a um casamento que nem sequer concordava.

—  Olha só como você fala comigo, moleque! — Grisha, raivoso apontou seu dedo indiretamente para Eren, o qual revirou seus olhos desviando do mais velho, encostando suas costas na cadeira e cruzando os braços, em um ato de protesto. — Você vai me agradecer depois.

—  Agradecer por tirar a minha liberdade para escolher uma parceira? — O de orbes verdes olhou novamente para o pai, afrontando-o.

—  Eu estou lhe fazendo um favor. Depois que eu morrer, quem assumirá as coisas será você, então é bom você arrumar uma parceira de bom partido o quanto antes.

— E o Zeke? Ele é mais velho que eu e pode assumir as coisas.

— Você sabe como ele é. Sempre sumindo sem justificativas. O que ele tem de idade, tem de irresponsabilidade. — O de cabelos marrons amarrados encostou suas costas em sua cadeira, revirando os olhos e soltando um gemido de desgosto.

—  Mas e se você conversar com ele... — O garoto foi interrompido pelo mais velho, que pegou o contrato de sua mão à força.

—  Eren, já tá definido, não adianta tentar me fazer mudar de ideia. Você tem 20 anos nas costas, deixe de birra e aceite as ordens que seu pai está te dando. — Disse ele, já com sua paciência esgotada, fazendo o garoto suspirar derrotado.

—  Se a mamãe estivesse aqui, isso não estaria acontecendo. — O de cabelos longos murmurou dolorosamente, se levantando da cadeira calmamente.

— Ela não está, é isso que importa. — Enquanto falava, Grisha se levantou também de sua mesa, dando a volta por ela e guiando o Yaeger até a porta. Ao chegar lá, o maior colocou suas mãos nos ombros do filho, o fazendo olhar para ele. — Entenda, Eren. Se a sua mãe não está aqui hoje, foi por culpa deles, a arrogância daqueles desgraçados matou a Carla. E a única forma que nós temos de revidar é nos unificando aos Reiss. Então, se case com Historiya e faça os Yaegueristas se reerguer, por nós, pela sua mãe.

[...]

Poucos dias depois

O som alto de um tiro ecoou pela sala estreita, a qual foi construída para abafar esses mesmos barulhos. A mulher empunhava a arma com maestria, tendo apenas um de seus olhos focado em seu alvo feito de papel.

Até que as balas nos separe - Eremika.Onde histórias criam vida. Descubra agora