Até que as balas nos separe - Eremika.

06 - Playboy.

『 ... 』

No dia seguinte.

Hange Zöe

08:06

– EREN! – Gritei assim que avistei o rapaz, correndo depressa até ele, pouco me importando se Erwin ficaria para trás.

O Yaeger se virou assustado devido ao grito, o que me fez colocar a mão na boca, me auto-advertindo.

– Garoto! Você viu o caos que foi a Internet ontem? – Pergunto enquanto me junto a ele, começando a caminhar pelos corredores.

Deixei meus olhos viajarem pelas repartições do corredor e as portas abertas que se assemelhavam bastante a corredores de hotéis. Mas, ao invés de quartos, haviam mesas cirúrgicas e substâncias químicas.

– Vi. – Eren respondeu remoído.

– Que animação é essa? Pelo jeito, não viu. Se fosse eu no seu lugar, estaria pulando de alegria. – Esse argumento não é muito válido, até porque eu pulo de alegria por qualquer coisa.

– Mesmo quando uma segurança que nem era pra estar lá consegue roubar toda a sua atenção? – Ergui as sobrancelhas, impressionada pelo o que eu acabei de ouvir.

– Você tá assim por causa da Mikasa? – Terminei minha frase com ênfase, rindo um pouco.

– Também. Eu tô assim mais por causa do meu pai. Mesmo ele sabendo que eu e ela não estávamos nos dando bem, contratou a mocreia para ser a minha segurança. – O mais novo ressaltou sua última frase, indignado.

– Olha os modos. – A voz grave de Erwin soou atrás de nós, me fazendo dar um pequeno pulo de susto, por não lembrar que ele estava nos seguindo. Eren apenas olhou para ele de canto de olho, se calando. –  Pelo menos ele enviou alguém que você conhecia. Imagine se acontece com você igual aconteceu com Historiya.

– Ah! por falar nisso, você ficou sabendo o que rolou com ela? – Perguntei enquanto olhava para Eren, curiosa.

– Era só um sequestro-relâmpago comum. Deu nem meia-hora e eles já tinham soltado ela numa rua perto da casa dela. – O Yaeger respondeu com as mãos no bolso, aparentando fixar seus olhos em uma sala movimentada em seu lado direito.

– Eles não pediram dinheiro? nada do tipo? – Questiono, tentando entender a lógica desse sequestro.

– Por incrível que pareça, não. Por falar nisso… – A voz do maior se abafou em meus pensamentos quando levei minha mão ao queixo.

Qual seria o sentido de sequestrar a filha de um magnata e não pedir nada em dinheiro de volta? É verdade que pode ter acontecido 1001 coisas durante aqueles 30 minutos. Eles podem ter coagido ela a dizer a localização de algum cofre, de segredos de família ou até mesmo de terem usado ela…

Céus, que ideia horrível. 

E terroristas como aqueles, não se contentariam apenas com isso. Isso se tiver apenas acontecido conversa entre eles e Historiya. 

Essa história tá muito embaraçada, preciso contatar o Armin mais tarde.

Eu continuaria meu raciocínio se não tivesse sido acordada pela voz de Eren.

– Terra chamando Hange. – O garoto disse estralando os dedos na frente do meu rosto.

– Hã? O que? – Encarei-o confusa, vendo ele me olhar cansado.