Capítulo 14

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SEM REVISÃO

Durante o trajeto de volta ao hotel, fechou os olhos enquanto sentia o suave balanço do movimento do carro. Esfregou seu rosto de modo afoito, a frustração que tomava conta de sua mente era algo novo para si. Afinal era o mais pragmático entre os irmãos. Sempre se viu sozinho, até mesmo quando pensara no pedido que iria fazer para Catarina, sabia que iria impor limites a ela.

Poderia carregar sim seu sobrenome, até mesmo iria carregar seu filho, mas jamais iria tomar conta de seu coração, pois uma paixão ou mesmo o amor naquele mundo era sua sentença de morte. E agora estava ali, confuso, mexido e com um tesão que jamais sentira por uma jovem que mal havia chegado e estava jogando por terra todas as barreiras que cercavam seu coração.

Era mais uma dor de cabeça que não estava querendo lidar, afinal havia se programado por anos para finalmente matar e vingar a morte de seu pai. Estava com o maldito papel com os nomes de todos envolvidos, mas estava com medo de que Duda sofresse com a consequência daquela vingança.

Balançou a cabeça, abriu os olhos e encarou o lado vazio ao seu lado e se lembrou do momento que estivera com ela naquela situação. O cheiro suave que seu corpo exalava e marcava seu coração. O sorriso doce, a voz de um anjo que ainda não havia decidido se fora enviada por Deus ou mesmo pelo próprio Diabo para fazê-lo pagar seus pecados em terra.

Ainda podia sentir sua pele queimar onde aquelas pequenas mãos o haviam tocado. Sentiu seu pau pulsar dentro da cueca ao se lembrar da calcinha delicada e marcada por conta da excitação que escorria de dentro da pequena boceta, essa qual nem imaginava como deveria ser. Fechou os olhos e tentou se lembrar de tudo o que conseguira ver na rápida olhada que dera.

Soltou um gemido de frustração, abriu os olhos frustrado com a situação que se encontrava. Aquela pequena doce menina nascera só para o atormentar, era isso. Maria Eduarda era a detentora de fazê-lo pagar tudo o que havia cometido de errado em toda sua vida. Não demorou muito e o carro estacionou em frente ao hotel.

Ao sair sentiu a suave brisa contra seu rosto. Cumprimentou o porteiro que abria a porta de entrada. Se dirigiu em direção ao elevador. Havia um grupo de jovens rindo e conversando. Uma em especial chamou sua atenção, o porte miúdo o fazia lembra de Duda, por conta de sua altura pode sem querer ler a conversa que a jovem tinha com algum rapaz e com isso algo despertou em sua mente.

Maria Eduarda não era mais virgem, semicerrou os olhos e tentou pensar em quem fora o responsável e se ao menos ele tivera a descendência de faze-la gozar. Fechou a mão com força e pensou em quantos teria que matar, afinal eles tocaram em sua mulher. Sentiu seu sangue esquentar e a raiva queimar por todo seu corpo ao imagina-la sorrindo, seduzindo outros homens.

Sua mente traidora o fez imagina-la usando um conjunto branco, fazendo realçar o ar angelical enquanto outros homens se aproximavam de seu pequeno e tentador corpo enquanto ela lhe encarava. Sem perceber acabou socando a parede metálica e assim assustando as jovens que estavam ali com ele.

— Mi dispiace. — rosnou entre os dentes.

As jovens se mantiveram afastada e logo saíram rapidamente, assim o deixando sozinho e sendo torturado com sua imaginação masoquista. Retirou o celular de dentro do bolso e completou a ligação.

— Meu sobrinho... — Cantarolou Patrícia.

— Quantos foram? — Resmungou e ao ouvir o silêncio do outro lado, reforçou. — Quais os nomes dos homens com quem Maria Eduarda já trepou?

— Não irei responder isso. Terá que perguntar para ela...e assim saberá quantas caixas de munição irá usar. — Carmo fechou os olhos com força, tombou cabeça e sentiu o metal atrás de si. — Ela sente sua falta. Não demore.

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