Capítulo 29

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SEM REVISÃO

— Minha mãe sumiu!? — Carmo encarava confuso Patrícia que acenava com a cabeça. — CAZZO!

— A quanto tempo que isso aconteceu!? — Luca indagou a mulher.

— Dois dias! Desde que vocês saíram daqui em busca de Duda, ela começou a ficar um pouco estranha e então sumiu! — Patrícia voltou os olhos para o sobrinho que arremessava um copo contra a parede.

— Como?! — Carmo voltou a atenção aos homens que eram responsáveis pela segurança de sua mãe. — Vocês tinham uma única função aqui dentro. Minha mulher sumiu e agora minha mãe também!? — Levou a mão as costas e retirou a pistola, enquanto se aproximava do homem que o encarava assustado e dava passos para trás. — Suas últimas palavras?

— Carmo, responda-me, quem foi o responsável pela morte de seu pai? — Federico indagou.

Carmo ainda encarava o homem a sua frente que segurava o choro, apertou a mandíbula com raiva e disparou. Girou o corpo e voltou sua atenção ao homem idoso que estava parado a alguns metros a sua frente, ao seu lado estava alguns homens da alta cúpula e alguns olhavam para o corpo sem vida atrás de si.

— Realmente não sabe? Nem mesmo passa por sua cabeça, quem foi? Ele sempre foi um invejoso dentro da família!

Carmo cuspiu as palavras para o homem mais velho, que deu alguns passos para trás enquanto ele falava as palavras que mais quisera revelar nos últimos vinte anos.

— O digníssimo, honesto e justo Manolo Santorinni. Ele foi o responsável pela morte de meu pai, o sequestro de Catarina e agora os sumiços de minha mãe e de minha mulher!

— Você tem provas? — o homem indagou.

— Provas?! Eu vi meu pai ser assassinado em minha frente e não pude fazer nada. NADA! Tive que assistir aquele homem ironizar a morte do próprio Don dele.

Carmo encrava o homem a sua frente que apenas acenou com a cabeça. Respirava de modo ofegante, precisou fechar os olhos, e controlar a fúria que queria tomava conta de seu corpo, nunca se deixara levar por aqueles tipos de sentimentos, mas com o surgimento de Duda em sua vida, agora estava uma bagunça dentro de seu peito.

Sentimentos que sempre foram fáceis e controláveis agora o dominavam de uma forma assustadora e sabia que só iria se recuperar quando Duda estivesse de volta a seus braços.

— Então... eu acho que sei onde ele está. — Federico confessou ganhando a atenção de Carmo que o encarava desconfiado.

— Como?

— Essa é uma história que todos deixaram morrer com o tempo, mas sua mãe antes de se casar com seu pai...foi noiva de Manolo. E o conhecendo bem, sei onde as duas estão.


Carmo nem mesmo esperou que o carro parasse por completo, apenas desceu correndo. Avistou os corpos dos seguranças de seu tio sem vida e espalhados pelo hall de entrada. Subiu pela escadaria na busca de encontrar Duda, mas tudo o que achou foi rastro de sangue e raiva.

Enquanto revirava o andar de cima, ouviu vozes alteradas no andar de baixo, desceu rapidamente os degraus, alguns de seus homens indicaram a direção e logo chegou aonde deveria ser um escritório. Luca e Matteo socavam um homem. Por um momento não entendeu e então avistou em canto da sala, o corpo de sua mãe.

Andou até ela, se ajoelhou com cuidado e tocou com carinho e respeito em seu rosto sem vida. Fechou os olhos enquanto ouvia o barulho de socos que preenchiam o local.

— Basta!

Seus irmãos pararam e se afastaram do homem. Carmo se colocou entre eles, observou o tio que estava com o rosto coberto de sangue, mas fora seus olhos que chamara sua atenção. Seguiu o olhar arrependido dele que parava exatamente sobre o corpo de sua mãe.

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