Nascida Para Você

Capítulo 09

Carmo desviou o olhar dos olhos que o observava com receio e desejo, encarou as colinas que passavam rapidamente pela janela de seu carro. Remexeu seu quadril para que pudesse controlar e ajeitar seu membro que se mantinha acordado desde o momento que puxara e colara seu corpo ao de Duda. Poderia dizer que fizera propositalmente, afinal tocou em seu membro para que pudesse conte-lo, pelo canto dos olhos analisou a reação de sua companheira de viagem.

Duda tentou de todas as formas e forças possíveis, desviar os olhos do corpo de Carmo, mas no momento que o viu erguer levemente o quadril, remexê-lo de forma lenta, a grande mão pouso sobre o tecido já marcado e revelando ainda mais e de modo indecente o tamanho não tão escondido do membro do carcamano ao seu lado.

Sentiu sua boceta pulsar e com isso sentiu sua calcinha que nem mesmo mais conseguia reter o líquido de excitação que escorria do meio de suas pernas, pelo tanto que se molhava com aquela indecentemente gostosa cena. Voltou os olhos para o Carmo que a encarava, sentiu sua respiração ficar mais pesada, seu corpo inteiro se arrepiou. Sua pele estava tão sensível com o momento que viva ali dentro daquele carro, que conforme Carmo ia passeando seus olhos por seu corpo, quase podia sentir a leve caricia. Sentiu uma leve dor em seus mamilos que ficavam intumescido com toda aquele magnetismo. Sua boca ficou mais seca que o deserto e que de alguma forma sabia que poderia encontrar a água necessária nos lábios rosados a sua frente.

Apenas um descanso de braço que a separava de Carmo, bastava apenas levantá-lo, se acomodar no colo ao seu lado e tomar os lábios rosados para si. Sua mente gritava perigo em todos os idiomas que sabia falar, mas havia algo dentro de seu peito que gritava por Carmo e aquilo a assustou-a profundamente.

— Eu a sinto também Maria Eduarda — ouviu a voz baixa e sedosa de Carmo, viu o momento que ele aproximou a mão de seu rosto, mas parou, seus olhos procuraram o dela na busca de aprovação para que pudesse tocá-la, Duda apenas acenou com a cabeça, fechou os olhos e sentiu a grande mão tocar seu rosto, não conseguiu conter o gemido rouco que escapava de seus lábios e quase não se reconheceu ali — mas não terei pressa com você! Quando a tê-la em minha cama é porque você deseja e necessita ser minha de corpo e coração.

Duda ao ouvir a fala mansa e sedutora de Carmo, ergueu seus olhos, o observou se aproximar e então sentiu seus lábios tocando em sua testa e ali depositando um singelo e discreto beijo. Sempre achara aquilo lindo nos filmes que assistia, mas ali naquele momento, era quase como se Carmo firmasse o compromisso deles em definitivo e ela simplesmente aceitara sem lutar, pois também o desejava.

Duda estava com os olhos fechados, molhou sua mão direita na água fria da torneira aberta a sua frente. Ao abrir os olhos, se encarou e balançou a cabeça, voltou os olhos ao ouvir uma voz baixa e avistou sua mãe lhe encarando.

— Está tudo bem, meu amor?

Patrícia se aproximou da filha e a abraçou fortemente. Duda se agarrou ao corpo de sua mãe e ao inalar o cheiro do perfume já conhecido, tentou se acalmar. Tudo dentro de si estava uma bagunça, era ridículo ter ficado tão mexida com aquele simples gesto. Fora apenas um simples beijo em sua testa, mas seu corpo e coração gritavam por mais.

Se afastou de sua mãe e a encarou sem saber o que falar. Patrícia ao ver a confusão no rosto e olhos da filha, sabia que algo havia acontecido dentro do carro. Tocou com carinho em seu rosto e o ergueu.

— Filha...

— Foi apenas um simples beijo em minha testa mamãe — Duda sussurrou — e esse beijou bagunçou tudo!

— Será mesmo? — Patrícia comentou baixo e assim ganhou a atenção da filha que a encarava como se a resposta da dúvida estivesse com ela — talvez pelo fato de ter se acostumado a você quem tomava as rédeas dos seus parceiros sexuais... — avistou a filha engolir em seco — e bem, não é querer chutar cachorro morto, mas não podemos negar que nenhum dos rapazes com quem dormiu tem a presença, postura ou beleza de Carmo.