o fim de tudo

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Pov Devo.

Eu estava no hospital com Patrick, isso depois de praticamente expulsar Maggie e a colocar num carro para casa para que ela pudesse descansar por um segundo.

— Desculpa — diz Patrick.

Eu estou cortando suas unhas que estão grandes demais, enquanto ele continua internado.

— Eu assustei você — ele continua.

— Sim, pra caralho — Eu digo rindo um pouco — Bom, mas agora eu sei que eu tenho agonia de sangue

Dou de ombros, foi apavorante, cinco dias atrás, eu estava no quarto da Billie, falando com ela no telefone e então quando eu abri a porta, Patrick estava tendo uma hemorragia pelo nariz, e tinha sangue por todo lado, eu tentei mater a calma e levar ele pra emergência, isso tudo com a Norah dormindo no seu carrinho. Eu quase tive um infarto, e tudo que eu pensava era em como eu contaria aquilo pra Maggie.

— Uma vez — eu digo — Um padre falou uma coisa muito bonita: que o amor de verdade é quando você exprementa a inutilidade do outro, sei lá, você não pode mais mexer na merda da minha lava louças, você não está em condições de levar Norah ao parque ou de  carrega móveis para mim, ir a padaria mais longe, porque você sabe que eu gosto do pão doce com creme deles e que nenhum outras padaria faz igual. Mas eu ainda estou aqui pra você, cortando as suas unhas e não me importando com a sua inutilidade.

— Você é uma boa garota querida — ele sorrir.

— Eu apenas me sinto bem em estar aqui e cuidar de você e de sua família de certa forma — dou de ombros.

Eu sempre mandava a sopa preferida de Finneas, uma com batatas, bolo de frustrada pra Claudia, eu gostava de ser útil para todos.

— Você saber que não nos deve nada né? — ele disse.

Eu dou um sorriso, sinto que devo a vida maravilhosa que tenho. E talvez esse seja meu karma

Pov Billie.


— Por que não é assim com outras pessoas? — Devo diz.

Passei no hospital para deixar mamãe e pegá-la para levá-la para casa, mas ainda estavmos dentro do carro no estacionamento do hospital, estava quase anoitecendo e o estacionamento estava praticamente vazio, a não ser pelas enfermeiras chegando para o turno da noite. Nós tínhamos o costume de ficar ali de bobeira as vezes é agora Devo está falando sobre nos.

— Você anda testando isso ? Ficando com outras pessoas?— pergunto.

— Não — ela diz — Eu nunca gostei tanto de alguém e é apavorante, porque eu não quero perdê-la.

Ela tinha uma das mãos em meu rosto em um carinho interminável, eu amava qualquer momento que ela pudesse me tocar.

— Você não vai — digo.

Sparks, começou a toca e era quase mágico ouvir aquela música com os últimos raios de sol do dia.

— Eu amo essa música — ela diz.

— Meu Deus a gente sempre é perfeitas juntas — eu riu da ironia.

Ela também ri e me beija, um de seus beijos tão cheio de tudo que não pode ser digo em voz alta.

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Levantei cedo do calor da minha cama, da Devo e de Norah para ir ao hospital, e poderia ser quase um dia como qualquer outro, mas aquele dia em especial eu não liguei o rádio no noticiário como de costume, fui direto ouvir música.

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