apenas o óbvio

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Pov Devo

Minhas mão estavam suando e eu estava um pouco nervosa.

- Eu sinto muito - diz Caio ao meu lado - é foda que tudo isso tenha acontecido.

Ele veio para um visita à Norah, acabei contando tudo que estava acontecendo em relação a Billie e sua família. Aproveite para vim fazer o exame de sangue e ele queria testa também. E estávamos conversando sobre isso durante o trajeto de volta para minha casa.

- Eu só me sinto vazia e preocupada com ela o tempo todo - escolho os ombros - Eu sei que ela vai se alto destruir e eu nem a culpo porque se não fosse por Norah eu já estaria no mesmo nível.

- Ela não morre tão cedo - ele diz.

Olho para onde ele está olhando, é o carro da Billie estacionado na frente de casa, paro logo atrás e desço do carro.

- Oi - eu digo me aproximando

Ela está na calçada andando de um lado para o outro, parece meio sem saber o que fazer.

- Tudo bem com seu pai ?

- Sim - Ela diz e olha para o Caio atrás de mim - eu queria falar com você.

Ela parece incerta disso e eu também me sinto assim.

- Oi Billie - Caio se aproxima.

- Oi - ela da de ombro.

- Posso levar Norah para um sorvete? - Caio me pergunta, mas sei que ele quer me da espaço com Billie.

- Claro

Dou a chave do carro a ele e fico olhando enquanto ele sai, aponto para a porta da frente e Billie me segue até estarmos no conforto da minha sala, minúscula demais para todos os nossos sentimentos. Billie se senta no sofá, no lugar de sempre, como se tudo estivesse como era.

- Você não respondeu minha pergunta na semana passada - ela diz.

Suspiro e sento na mesa a sua frente.

- Eu... não parei de amar você de todas as maneiras possíveis, nem vou para tão cedo - meu coração dói tanto por está longe dela.

- Então me fala qual é o problema? - ela já tem lágrimas nos olhos, e não quero passar por tudo isso de novo - foi a minha mãe e o Finneas não foi?

- Não Billie...

- Devo para, você não precisa viver em função deles, eles que deveriam tá sofrendo, não a gente, porra a gente se ama, eu amo você - diz.

- Billie eu... eu não quero ser um problema pra eles no momento...

E pra falar a verdade não queria desagradar, eu sinto que tenho que escolher entre eles e a Billie, o que é injusto.

- Devo, me fala o que tá acontecendo real, a gente pode resolver isso eu e você.

Ela pega a minha mão, eu fecho os olhos, sento tanta falta dela que qualquer contato me dá um onda de conforto.

- Sua mãe não quer que seu pai sabia, isso, você sabe - Respiro fundo - Finneas e Maggie queria que a gente tivesse uma pausa, eles acham que seu pai surtaria se soubesse de nos, e que isso o deixaria estressado e eu não quero estressar lo e nem decepciona ele.

- Você é uma idiota escrota - ela diz com raiva - porque não me falou isso ?

- Porque você não aceita as coisas e as vezes perde a razão, eu me sinto dividida, não quero perder a família que tenho, que Norah tem e não quero perder você...

- Devo você não tá vendo com clareza isso, o amor não te oprime, não te julgar, não te deixa presa a algum que você não é - ela me olha nos olhos - O amor te apoia mesmo na decisão erradas e está lá pra você com seu coração partido se precisar.

- E também volta pra você mesmo de coração partido? - pergunto.

- As vezes sim...

Pov Billie.

Dois dias depois de conversar com Devo, tomei uma decisão, um tanto que estúpida, esperei mamãe sair para o restaurante e torci para Devo não aparecer pela manhã.

- Papai - o chamo.

Ele já estava sentado na sua poltrona que agora perece grande demais para seu corpos frágil.

- Oi querida ?

Respiro fundo me sentindo mal, mão deveria colocar isso em sua responsabilidade, não agora, não quando ele parece que pode quebrar a qualquer momento. Sento no chão a sua frente e coloco a cabeça em seus joelhos, ele automaticamente começa a passar a mão na minha cabeça.

- Eu te amo, e não quero te perder - as minhas lágrimas são quentes e molham todo meu rosto.

- Oh querido, eu também te amo - pela sua voz eu sei que ele também está chorando - diga o que precisa, eu farei por você, qualquer coisa.

Era como se ele soubesse do meu coração partido e tudo ao seu redor por mais que tentássemos manter escondido dele.

- Eu a amo - levanto para olhá-lo - com todo meu coração e sei que ela também me ama, mas ninguém vê assim, todos acham que não somos perfeitas uma pra outra, mas eles não sabem o quanto ela me deixou amá-la e me amou de volta.

Seus olhos tão calmos me olharam com... sei lá, satisfação?

- Há dois meses, quando ela falava de você, era como se tudo fizesse sentido e seus olhos brilhavam, agora a sempre está triste, por mais que fingi que está tudo bem.

- O que eu faço papai ?- pergunto.

- Bom, Tá na hora aquela reunião de família chata - Você odeia isso.

- Você odeia essas reuniões...

- Eu sei - ele solta uma risadinha, o que também me fez ri

- Se você for embora - digo - oque eu vou fazer?

- Você sempre soube o que fazer, mas tem medo, não tenha medo querida...

Pensei sobre isso e ele tem razão, como sempre, papai sempre vê onde não consigo por mais óbvio que seja, mas as vezes a gente vê o que quer vê. Mas não me conforta sobre não tê-lo mais por perto, não quero que ele morra.

Oieeeee, espero que estejam bem.

Feliz dia das crianças pra vocês meu bbs 

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