corações que batem

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Povo Devo

Eleonora Jones O'connell tinha 10 meses quando quase fez meu coração para, o mesmo coração que batia por ela, o mesmo que a fez, o mesmo que me fez amamentá-la por 5 longos meses, o mesmo que passou horas acordada vendo se ela tava respirando durante a madrugada, o mesmo que me fez correr para a emergência com ela dias antes do Natal.

Mas meu coração ainda bate, e eu estou olhando para ela enquanto ela dorme tomando injetáveis que eu não faço ideia do pra que servem.

— Me sinto tão culpada! — Eu falo.

Norah tem *pneumonia, não tão grave, mas ainda assim me parte o coração que eu deixei isso acontecer.

— Não é  culpa sua Devo — Billie fala atrás de mim.

Norah vai fica uns dias entenda até que a bactéria saiam de seus pulmões e ela esteja forte o suficiente pra voltar pra casa. E Caio conseguiu o melhor quarto possível do hospital e todas as regalias possíveis, às vezes é bom ter o seu pai como um dos maiores advogados da Califórnia.

— O médico disse que é comum no primeiro inverno de vida da criança, não se culpe por isso — ela continua.

— Ainda assim

Billie vem até o meu lado, seu cheiro consegue acalmar todos os meus nervos e me faz sentir bem, ela me abraça de lado e beija minha bochecha. Estamos vestindo *capotes, usando touca e máscara, o quarto todo é extremamente limpo e tem paredes de vidro para evitar qualquer tipo de contaminação.

— Eu amo você! — digo a ela.

— Eu amo você — ela repete pra mim — Vou ligar pra minha mãe, ela tá surtando.

Ela se afasta bem a tempo, por que Caio entra completamente encapado como nos.

— Ei, como ela está? — ele pergunta olhando sua pequena.

— Tá tomando anti-inflamatórios, e tá dormindo — Digo também olhando pra ela.

— É de cortar o coração vê-la assim — Ele diz — ela é tão pequena 

— Sim é.

— Dove, porque você não dese comigo pra comer alguma coisa, tá quase amanhecendo e você não comeu nada — diz Billie.

— Isso, vai lá Devo, eu fico aqui — Concorda Caio.

Eu realmente estava com fome, passei a noite com Norah e não consegui fazer e nem pensar em mais nada além dela. Então concordei, assim que saímos do quarto dei de cara com Rachel sentada na recepção daquela ala.

— Oi — ela disse assim que me viu — Como está a Norah?

— Ela vai ficar bem — Eu digo.

— Aí que bom, Caio ficou bem assustado...

— Ah essa é a Rachel, amiga do Caio — falei pra Billie.

— Aí é um prazer te conhecer — disse Rachel animada pra Billie — Fui no seu show em Nova York, você é incrível.

— Obrigada — Billie diz com seu jeitinho tímido.

Ela sempre fica tímida com elogios, como se isso não fosse tão frequentemente como o ar que ela respira, e pra falar a verdade eu não sinto ciúmes, eu gosto que pessoas fiquem a olhando e a elogiando o tempo todo e tudo que eu quero dizer para todos é: olhem para essa garota, porque ela é toda minha, todaaaa minha!

— Eu queria muito poder te conhecer em uma ocasião melhor — continua Rachel — Eu sou ativistas desde os meus 10 anos, e eu quero ser uma advogada que luta pelo futuro do planeta, você é uma artista que luta por isso também, seria uma honra debater com você sobre isso

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