CASA BRANCA(AUPAIR)

SELECIONADA

EMMA MYERS

— Há um mês me inscrevi no programa do governo americano para estudantes imigrantes. Para ser Aupair é preciso que uma família americana analise o perfil do candidato e o escolha para abrigá-lo em sua residência até o fim do intercâmbio.

— Após escolher o candidato, a família entra em contato por chamadas de vídeo, apresentando os membros da família, falando um pouco sobre a rotina da casa e suas particularidades. O grande problema é que isso pode levar meses. Só assim o anfitrião pode ter certeza de que você é o escolhido.

— Me inscrevi em dezembro e as aulas começam em fevereiro. Minhas esperanças eram bem realistas. a hipótese de ser aceita era mínima.

— Todavia, Tudo mudou quando cheguei cansada do trabalho e fui checar o meu e-mail. Havia uma solicitação do programa e o número de uma família.

— Rapidamente, salvei o número e mandei um SMS, logo após o surto, gritos e choro. Contei a minha madrinha transbordando intusiasmo e ela deu a ideia de sair para comemorar, apenas nós duas. Ela é a única pessoa que tenho e sempre tive, não lembro de nenhum momento em que me sentisse sozinha.

— A proposta de minha tia foi um restaurante mexicano. Nós duas adoramos tacos. Mandei uma mensagem rápida para meu namorado e nos encontramos no lugar e hora combinada. Nossa noite foi repleta de piadas, sorrisos e bastante loucura.

— Paul —  EMMA! DESCE JÁ DAÍ! —  Gritou pelo som alto da música mexicana. Sorri para ele enquanto dançava com uma garota que nunca vi na vida.

— Emma —  PARA DE SER CHATO! VEM! —  Estendi minha mão para ele que agarrou com certa relutância.

Paul — Oque deu em você hoje? —  Sorriu com o sorriso mais belo que eu já vi.

Emma — Eu só quero me divertir! Até a tia gwendoline está jogada na pista de dança.

Paul — É a Gwendoline! Me surpreenderia se ela estivesse sentada com o grupo das titias.

Emma — [risos] Pega bebida pra mim? — Fiz carinha fofa para convencê-lo a burlar as regras do país.

Paul — Você não pode. Só com 21. —  Odeio quando ele banca o pai da relação. — Não me olha assim. Eu não posso ser preso por ceder bebida alcoólica para menor.

Emma — Esquece que eu pedi.

— Paul e eu, estamos em um relacionamento a dois anos. Ele tem 22 anos e nos conhecemos durante a educação física. Ele tinha 18 e eu 15. Nosso relacionamento foi bem aceito por minha tia, mas nunca andávamos de mãos dadas na rua. A diferença não é grande, mas as pessoas não precisam de muito para cuidar da sua vida.

— A noite terminou para nós as 00:30. O restaurante mexicano estava fechando e éramos os únicos clientes inimigos do fim. Paul chamou um carro por aplicativo e esperou para colocar nós duas e só depois foi para casa. A Inglaterra a noite é tão linda e iluminada. Vou sentir saudades da minha casa, minha tia, meus poucos amigos, minha vida.

Gwen — Algum problema, Emy? —  Acho que ela ler meus pensamentos.

Emma — Estou com medo, titia. —  Recebi um sorriso e um abraço.

Gwen — Mudanças requerem coragem. Não sinta medo do Novo. Explore cada gota e absorva as experiências.

Emma — E se eu não conseguir me adaptar a nova rotina? E se não gostarem de mim?

Gwen — "E se" é aí que a dona ansiedade mora. Faça as coisas darem certo e não duvide da sua capacidade.

Emma — Prometo tentar, tia. — 15 minutos e o carro parou em frente ao nosso apartamento.