Atrás da porta

941 116 74
                                    

𝙀𝙈𝙈𝘼 𝙂𝙍𝘼𝘾𝙀 𝙈𝙔𝙀𝙍𝙎

Emma — Amor, pode parar de me apertar? — Tento tirar seus braços. — Paul... por favor! — Resmunguei tomada pelo sono.

Jenna — Paul... quem é Paul? — Abri os olhos ao ouvir a voz rouca da minha host. Que diabos essa mulher faz dentro do meu quarto, na minha cama?

Emma — Mo...Mom? — Senti seus braços me apertarem mais.

Jenna — Quem é Paul? — Sua voz sonolenta me chama atenção. Ela dormiu mesmo aqui. Nos beijamos! —  É mais um moleque cheio de hormônios?

Emma — A...Po..pode...me soltar? — Sinto seu peito subir em um suspiro profundo. — Paul é meu namorado de Londres. Lembra? Eu falei sobre ele.

Jenna — E mesmo namorando deixa um garoto que acabou de conhecer beijá-la?

Emma — Oque está insinuando? — Tentei sair de seus braços e falhei miseravelmente. — Argh!

Jenna — É apenas curioso a forma que os britânicos dizem amar.

Emma — Americanos não estão nem um pouco atrás. — Resmunguei — Paul me liberou, estou livre para escolher oque fazer daqui para frente.

Jenna — Que espécie de relacionamento é esse?

Emma — Um relacionamento onde há respeito e compreensão. Não faria o mesmo por amor?

Jenna — Não! Isso não faz sentindo para mim.

Emma — Mas faz para mim. Sem amarras, apenas a vida. Um dia ela pode nos juntar novamente. Ela é cheia de surpresas. — Sorri. Essas foram palavras dele para mim, uma noite antes do embarque.

Jenna — Concordo, mas nem todas são boas. Vejo que sonha demais.

Emma — E a senhora de menos!

Jenna — Se conhecesse a maldade do mundo como eu conheço, jamais pensaria assim. Não espero nada da vida!

Emma — Não espera nada? Então por que vai pedir Gideon em namoro? Para mim parece uma tentativa de reconstruir algo que foi quebrado.

Jenna — Não há nada quebrado! — Mesmo sabendo sobre a falecida esposa. Prefiro não comentar. — Gideon é perfeita para complementar e não concertar.

Emma — Gosta dela não é? — Aquela cena mais uma vez passou por meus pensamentos me deixando enjoada.

Jenna — Sim! — Passou a língua em seus lábios e sorriu.

Emma — Maravilha! — Forcei um sorriso. Por que isso é tão dolorido? Não faz um mês que nos conhecemos e ela nunca é gentil. — Pode responder a minha pergunta inicial? Por que dormiu aqui?

Jenna — Costumo dormir com Ivy..

Emma — Eu não sou a Ivy.

Jenna — Mas agora é minha filha. Só quis ver se estava bem e acabei dormindo.

Emma — E o beijo?

Jenna — Selinho! — Corrigiu.

Emma — Selinho de Boa noite? — Lembrei da sua voz sussurrando.

Jenna — É bem normal aqui.

Emma — Isso significa que vai me dar selinhos com frequência? — Perguntei um pouco receiosa.

Jenna — Você quer? — Sua mão apertou levemente minha cintura. Nós duas sabemos que isso não é apenas um carinho entre mãe e filha. Oque ela quer de mim?

CASA BRANCA(AUPAIR)Onde histórias criam vida. Descubra agora