CONVIDADO INDESEJADO

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Macau estava transbordando de alegria, um sentimento tão intenso que parecia iluminar todo o seu ser. Finalmente, ele e Tay estavam se entendendo, encontrando um equilíbrio em seu relacionamento turbulento.

Sua amiga entrou na sala, um tablet em mãos, interrompendo o momento de paz. - Time está chegando hoje e ficará por um mês - anunciou.

- Ok! - Macau respondeu, sem perder o sorriso.

Tay olhou para ele, surpreso. - Você está doente?

- Não, mas Time não vai estragar meu humor.

E realmente não estragou. Macau fez o possível para evitar Time. No entanto, não conseguiu evitar totalmente, e Time tentava semear dúvidas na mente de Tay sobre seu marido. No entanto, Macau permanecia inabalável.

Em uma noite, Tay parecia pensativo, reflexivo sobre as palavras de Time. Em vez de confrontar Tay, Macau decidiu usar um método mais antigo e eficaz para aliviar suas preocupações.

Aproveitando que Tay estava no escritório, Macau se aproximou dele. - Por que você não fala o que está na sua cabeça, Tay?

- Hum, nada não, Macau. É só aquela bobagem sobre você ser diferente dos outros Ômegas.

Macau não se importou se a porta estava aberta ou não. Ele queria que Time visse. Deslizou os dedos dentro da calça de Tay enquanto falava suavemente: - Estou com muita saudade de você. E vou provar agora. Você acha que um Omega normal faria isso?

Macau colocou o membro de Tay na boca, praticando algumas técnicas que havia lido recentemente. Quando Tay estava prestes a gozar, Macau se posicionou, deslizando no membro do marido. Era uma rapidinha, com o risco de serem pegos, mas a excitação estava a mil.

Macau fez o que deixava Tay louco, beijando-o desajeitadamente, agoniado de prazer. Quando Macau sussurrou o quanto era bom transar com Tay, o Alfa gozou, suas presas cravadas no pescoço de Macau, gemendo alto, esquecendo completamente que havia um estranho na casa.

Macau também sorriu quando chegou ao clímax, adorando a sensação de cavalgar em Tay e gozar com suas presas sugando o marido.

O pós-sexo era delicioso. O corpo agitado e a melosidade. - Você quer mesmo que eu seja um Omega igual aos outros? Porque eu acho que ômegas submissos não cavalgam assim. Ou gemem assim.

- Amor, não me maltrate assim. Aprendi a lição.

- Espero que sim...vamos para o quarto, quero te mostrar umas coisinhas que eu aprendi.



No dia seguinte, Macau estava na piscina quando sentiu a presença de Time.

- Eu sabia que você era baixo, mas não sabia que era tanto. Transar na frente das visitas.

- Você não é visita, é um intruso. Você que deveria ter vergonha de ficar espionando dois casados no momento de intimidade.

- Você é um Alfa sem vergonha. Tay vai perceber isso.

- Querido, Tay já percebeu que sou audacioso e ele adorou. Talvez seja a hora de você aceitar isso.

- Até cansar... - Time retrucou, com um sorriso sarcástico.

- Até cansar... mas se ele cansar de mim, você realmente acha que ele vai correr atrás de você? Parece que você é obcecado pelo meu marido.

- Os Alfas preferem Ômegas de família, Macau. Você não é...

Macau interrompeu, seu tom era firme. - Acorde para a vida, Time. Eu sou casado com ele. Sou eu que faço amor com ele, e é por mim que ele geme daquele jeito. Então, por Deus, pare, porque você já está passando dos limites.

- Mas você não lhe deu um herdeiro. Toda a sua audácia não gerou nada e você sabe o que dizem por aí...

Macau retrucou, - Não sei o que dizem por aí...

- Dizem que em seu contrato de casamento, você teria que dar um filho em um ano, caso contrário seu Alfa poderia até lhe devolver. E pelo que eu contei, um ano se passou hoje e nada de herdeiros. Nada de filhotes, apenas dois memorandos vazios.

- Seu desgraçado, eu vou te matar! - Macau grunhiu, pulando em Time, derrubando-o no chão sem dar tempo para se defender. Na confusão, ambos caíram na piscina, onde Macau tinha a vantagem por ser um nadador nato.

Ele estava furioso com Time por ter falado de seus filhos daquela maneira. Segurou a cabeça de Time debaixo d'água e cada vez que Time lutava, ele o afundava ainda mais.

Quando Tay viu a cena, correu para intervir. Foi difícil tirar Macau de cima de Time, mas conseguiu evitar o pior.

- Você está louco, Macau. Quase matou uma pessoa.

Macau olhou para o marido, seus olhos ardendo de raiva.
- E ainda posso matar. Por isso, estou saindo daqui.

E assim, o clima de alegria da casa se desfez. Macau se isolou no quarto e quando saía, evitava encontrar o marido. Ele se recusava a falar com Tay enquanto ele insistia em manter aquela amizade com alguém que não respeitava a memória de seus filhos.

Então, em uma noite, Macau sonhou novamente com os filhotes na floresta. Mas desta vez, eles não lhe entregaram mel, mas uma pequena semente. "Desta vez, vai florescer, papai", eles disseram. E ele acordou com o cheiro do mel preenchendo todo o quarto.

Ele entendeu o que o sonho quis dizer. Pegou os testes de gravidez que tinha guardado desde a última perda. E quando viu o resultado, chorou de alegria. "Desta vez vai florescer, meus filhos."

Correu para contar a Tay, entrou sem nem pedir licença ou bater. Mas encontrou um olhar acusador de Tay e outro de deboche de Time. Algo não estava certo e pelo olhar deles, ele já havia sido condenado sem nem ao menos ser julgado.


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