MARCA

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- Até a morte nos separar!
- Então, Tay terá que morrer. Problema resolvido.
- Macau!
- O que? O pior que pode acontecer é ele não conseguir mais transar com outro ômega. Será o castigo dele por ser um idiota.

- A sua marca nele e vice-versa cria uma ligação para sempre. Uma ligação de amor e sentimentos. É também uma questão de proteção, Macau. O que você sente, ele também sente. Com isso, será quase instintivo ele descobrir sobre o bebê. Uma criança é uma explosão de sentimentos. Ele vai sentir.

- Se ele sentir tudo que eu sinto, Pete, não terei problema porque ele vai morrer na dor do parto. Então eu estava certo desde o início, tudo acaba em morte.

Pete começou a sorrir. Era verdade. Os alfas são fortes, mas nada se compara à dor do parto.

- Eu já entendi. Mas até ele descobrir, meu bebê estará grande e desenvolvido.

- E você, Macau, não vai sentir falta do sexo selvagem?
- Por um sexo selvagem foi que acabei com uma marca no pescoço. Mas agora que sei dessa informação de que ele sente tudo que eu sinto, talvez não seja tão ruim assim, não é mesmo?

- Você é impulsivo, né.

Depois de arrumar mais roupas para o bebê, Macau viu o anoitecer.

Sentia falta do marido. Sim, ele sentia. Mesmo Tay sendo muito ausente, quando os dois ficavam juntos, tudo valia a pena.

Ele sabia que mesmo naquela casa escura, Tay estaria ali, à espreita.

Lembrou-se da primeira noite deles e de como gostou. Tay se escondia atrás de roupas largas, mas ele sabia como era o corpo do outro.

Só de pensar nisso, ele ficou excitado.

Isso é chato. Você passa 18 anos sem transar, mas depois que transa pela primeira vez, não quer parar.

E Tay é responsável por isso. Por fazer a primeira vez dele perfeita. Por deixá-lo ser livre e descobrir o seu prazer. E agora ele está assim, desejando o marido ali, nu.

Tay não estava diferente. Depois que Macau foi embora, ele passou a dormir no quarto dele. A menta já estava indo embora.
Agora estava queimando. Ele sentia a marca queimar. Os pelos do corpo arrepiavam e seu membro latejava.

Tay começou a se tocar pensando no marido enquanto Macau fazia a mesma coisa.

Era uma agonia, um pré-gozo.
Tay lembrava a feição de Macau quando gozava e parecia que ele estava sentindo em tempo real o gozo.

O coração acelerou. E o prazer veio. Forte e quente. Mas ao perceber que hoje não teria seu marido no pós-sexo, não teria a língua atrevida dele a lhe provar e as presas a lhe sugar, ele mais uma vez se deu conta de que tinha estragado tudo.

Macau também tinha gozado.

E estava furioso porque percebeu o tamanho da saudade que tinha do marido.

O tempo passou e, se fosse como no filme Crepúsculo, Macau ficaria sentado olhando pela janela, vendo as folhas caírem ao som de "A Thousand Years".
Mas estamos falando de Macau Theerapanyakun, o pestinha.

Macau fez tudo que quis e agora, com nove meses de gestação, começou a desacelerar.

O pai quase surtou quando o filho passou uma noite acampando grávido no meio do nada. Outra vez, foi para uma corrida de cavalos e, por fim, estava no meio de uma confusão em um bar de feira por causa de uma laranja.
Uma laranja, sendo que ele tem um laranjal.

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