Rindou e Ran estavam esperando explicações ou alguma desculpa da S/n.
S/n: Sim, ela é minha filha.
Rindou: Ela é minha?
S/n: Sim.
Rindou: Por que não me disse nada? Por que nunca me contou?
S/n: Porque eu não queria envolvê-la no seu mundo, Rindou.
Ran: Ou porque você foi egoísta.
S/n: Aqui não é o lugar para isso.
Rindou: Então, eu tenho uma filha? Uma filha que tanto sonhei e desejei, você sabia. Você sabia que eu não seria um péssimo pai. Você sabia que eu faria de tudo por vocês. Mesmo assim, você foi egoísta.
S/n: Eu sinto muito. Fiquei com medo, estava confusa e com raiva, Rindou.
Rindou: E me tirou anos da vida da minha filha.
S/n: Eu sei que não posso voltar no tempo para corrigir tudo isso.
Rindou: No dia em que fui atrás de você, por que não me disse?
S/n: Eu tinha acabado de enterrar a minha mãe. Eu não queria. Estava com medo de perder ela.
Ran: Isso não vai ficar assim.
Lina: Mamãe?
S/n: Vamos, os seus tios devem estar loucos de preocupação.
Rindou: Lina, quantos anos você tem?
Lina: Quatro.
Logo, a pequena abre um sorriso.
Rindou: Quatro anos que perdi.
Logo, o celular dele vibra.
Rindou: Nos vemos em breve.
S/n: Senti um frio na espinha. Ela nunca o viu olhar para ela daquela forma. O olhar era frio e sem expressão, como ele olhava para os inimigos dele.
Lina: Mamãe, quem era aquele moço?
S/n: Alguém que logo logo você vai conhecer.
Assim que ela volta para a loja, ela conta tudo o que aconteceu.
Mitsuya: Ele vai tentar tirar ela de você.
Baji: Ele vai fazer alguma coisa para tentar machucar você.
S/n: Eu não vou deixar ele tirar a minha filha de mim. Nunca.
Naquele mesmo dia, à noite, quando todos estavam em seus cursos, Lina estava jantando.
S/n abre a porta e vê Rindou.
S/n: Não faça barulho, ela está jantando.
Rindou: Eu vou levá-la comigo.
S/n: Não, você não vai afastá-la de mim.
O olhar dele para ela é como o de mais cedo.
Rindou: Você sabe que eu vou e que eu posso.
S/n: Você não pode afastar a minha filha de mim.
Rindou: Então vá junto com ela.
S/n: Eu tenho uma vida, tenho a minha loja.
Rindou: Então eu vou ligar para o meu advogado e entrar com um pedido. Eles vão dar a guarda dela para mim e você só vai poder vê-la quando eu quiser que veja.
S/n: Então eu vou com ela.
Rindou: Ok.
Logo, ele entra na casa e vai até a cozinha.
Lina: Moço!
Rindou: Pode me chamar de papai!
Lina: Mamãe?
S/n: Ele é o seu papai, querida.
Lina: Legal, eu não sabia que o meu papai está tão bonito.
Rindou: Você vai morar comigo.
Lina: E a mamãe?
Rindou: Se ela quiser, ela vai junto.
S/n: Preciso falar com os meninos.
Lina: Vou poder ver os tios?
Rindou: Vai poder fazer o que quiser, menos morar aqui.
Lina: Mamãe?
S/n: Eu vou com você.
Depois de algumas horas, os meninos chegam.
Mitsuya: Que cara é essa?
Baji: Aquele cara fez alguma coisa.
S/n: Eu e a Lina vamos morar com ele.
Mitsuya: O quê?
S/n: Ele queria levá-la, foi essa opção que ele me deu.
Baji: Vamos chamar os nossos...
Mitsuya: Por mais que chamemos ou contratem, não ganharemos. A S/n escondeu ela dele. Não foi ele que a abandonou. Certamente ele ganharia e poderia até ganhar a custódia dela.
Baji: E a loja e a gente?
S/n: Conto com vocês. Vocês sempre poderão ir visitá-la, e ela sempre pode vir.
Mitsuya: Estamos te apoiando em tudo.
Baji: Vai ser estranho ficar aqui sem vocês duas, mas é o melhor.
Logo, ela abraça eles.
S/n: Obrigada por tudo. Vocês podem dizer a verdade para todos, já que o Rindou já sabe.
Baji: Todo mundo já sabe da verdade. A Lina disse para geral, e o Mikey ficou todo bobo.
S/n: Então eles sempre souberam.
Mitsuya: Eles sabem que você ficou com vergonha, por isso ninguém nunca disse nada.
S/n: Entendi.