Depois de alguns dias, Rindou foi buscar S/n e Lina.
Lina: Tchau, tio Mit. Tchau, tio Baji.
Mitsuya: Tchau, meu anjinho. Me ligue sempre que quiser.
Baji: Vou sentir sua falta, pirralha.
S/n: Obrigada por tudo. Eu amo vocês.
Mitsuya: Não precisa agradecer. Amamos vocês.
Baji: Até logo, S/n.
S/n entra no carro, e Rindou está sério. O motorista está na frente, e a pequena senta entre os dois.
Rindou: Já podemos ir.
Durante a viagem, foi um completo silêncio. Rindou não falava e nem demonstrava nenhuma expressão.
Lina: Mamãe.
S/n: Sim?
Lina: Eu quero ir ao banheiro.
Rindou: Falta pouco, querida.
Lina: Tá bom.
A pequena continua em silêncio. Ela sente a tensão entre os pais e tem medo de dizer algo e eles discutirem ou brigarem. Assim que chegam na casa, eles entram.
Yumi: Não sabia que tínhamos visitas.
Rindou: Elas irão morar aqui.
Yumi: Rindou...
Ran: Cunhadinha.
S/n: Não sou sua cunhada há muito tempo.
Ran: Olha quem está aqui, a pequena Lina.
Lina: O seu cabelo é muito bonito. Posso mexer?
Ran: Depende do que vou receber em troca.
Lina: Uma bala?
Ran: Serve.
Logo a pequena corre em direção ao tio..
Rindou: Leve-a para o quarto de hóspedes.
S/n: Eu quero ficar perto da minha filha.
Rindou: Lina vai dormir ao lado do meu quarto. Ela vai ficar bem.
S/n: Você não passa de um estranho para ela. Isso aqui é tudo estranho para ela.
Rindou: É estranho por sua causa. Sou um estranho para a minha própria filha. Você, sua culpa.
Logo ele sai andando e deixa ela para trás.
Yumi: Vamos?
S/n: Eu conheço o caminho.
Logo ela anda pela casa e vê que muitas coisas mudaram.
Yumi: Não sabia da sua existência.
S/n: A minha existência é insignificante para você. Não há o que você saber.
Yumi: Não quero que me atrapalhem.
S/n: Não sei do que está falando.
Yumi: Não quero que estrague o que eu tenho com o Rindou.
S/n: Não se preocupe. Eu não sou uma ameaça para você. A minha única prioridade é a minha filha, e enquanto eu estiver com ela, posso tolerar mulheres como você. Eu e o Rindou não temos nada há muito tempo.
Logo ela se vira e sai andando.
Mais tarde, naquele mesmo dia, todos estão na mesa de jantar.
Rindou: Matriculei a Lina em uma escola particular e já providenciei a reforma do quarto dela.
S/n: Entendi.
Ele não a olha e nem dirige a palavra diretamente.
Ran: É aquela escola que estudávamos?
Rindou: Sim.
Lina: Mamãe, você vai dormir comigo hoje?
S/n: Vou sim, querida.
Ran: Isso é tão estranho.
Rindou: O que é estranho?
Ran: Parecemos uma família.
Rindou: Não somos uma família.
S/n continua jantando em silêncio até Rindou olhar para Lina.
Rindou: Qual a sua cor favorita?
Lina: Eu gosto da lua e também gosto de azul. É tão bonito. Também adoro verde, gosto de gatinhos e coelhos. São tão fofinhos.
Ran: Se empolgou.
Rindou: Continua, filha.
Lina: Eu gosto de muitas coisas.
Ran: Sim, e eu quero lutar, ser forte igual o tio Mikey.
Ran: Você tem que ser forte igual o tio Ran.
S/n: Lina, vamos escovar os dentes. Já está na hora de dormir.
Rindou: Eu coloco a minha filha para dormir. Se quiser deitar, vá sozinha.
Lina: Não, eu vou subir com a mamãe. Já está tarde, né mamãe?
S/n: Sim, querida. Boa noite.
A pequena segura a mão de S/n e sobe as escadas.
Ran: Ela é igualzinha à mãe dela, né? Até nos gostos.
Rindou: Ela ainda não me chamou de pai.
Ran: Ela deve chamar quem de pai? O Baji ou o Mitsuya?
Rindou: Cala a boca.