capítulo 20

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Três dias se passaram, e S/n estava em casa quando a campainha toca.

S/n: O que faz aqui?

Mitsuya: Vim ver como você está.

S/n: Eu disse que não quero ver ninguém.

Mitsuya: Você está acabada.

Ele olha para ela, com o cabelo desarrumado, olheiras e com cara de quem estava chorando.

S/n: Vai embora.

Logo, eles ouvem a bebê chorar.

Mitsuya: A bebê está chorando.

S/n: Preciso ir.

Mitsuya: O que está acontecendo? Você está uma bagunça. Deixa eu entrar.

S/n: Não.

Mitsuya: Seu peito está vazando. Deixa eu entrar. Talvez eu possa ajudar você.

Relutante, ela aceita.

Mitsuya: Ela é realmente sua?

S/n: Sim, mas não diz nada a ninguém. Só você sabe.

Mitsuya: Por quê?

S/n: Porque estou com vergonha.

Assim que S/n se aproxima do quarto da bebê, o choro fica mais alto. Quando eles entram, Mitsuya a segura e começa a acalmá-la.

S/n: Ela nunca para de chorar. Ela chora sem parar há três dias seguidos. Só chora e dorme quando cansa, e ela não está mamando. Isso está acabando comigo, e eu não durmo direito.

Mitsuya: Maternidade é assim mesmo.

S/n: Por isso, meu peito está vazando. Ela não está mamando.

Não demora muito para a pequena ficar quieta no colo de Mitsuya.

S/n: Como você...

Mitsuya: Cuidei das minhas irmãs, S/n, ou será que esqueceu?

S/n: Obrigada.

Mitsuya: Vai tomar um banho, lavar esse cabelo e relaxar. Ela vai mamar.

Enquanto S/n toma um banho, Mitsuya fica com a bebê e a distrai com um brinquedo. Ele começa a arrumar tudo até que S/n desce.

S/n: Não precisava.

Mitsuya: Você está cansada, precisava sim.

Então S/n senta no sofá e pega a bebê no colo.

S/n: Por favor.

Logo, ela a coloca no peito, e a bebê começa a mamar. S/n começa a chorar.

Mitsuya: Talvez ela esteja sentindo falta da sua mãe.

S/n: A pediatra disse o mesmo, mas ela me disse que se passasse de hoje, era para eu levá-la.

Mitsuya: Rindou sabe sobre ela?

S/n: Não.

Mitsuya: Vai...

S/n: Ele nunca vai saber, Mitsuya. Eu e ele vivemos em realidades diferentes. Eu saí da Toman para que ela pudesse ficar segura, e Rindou nunca vai sair dessa vida. Além disso, não daria certo. Eu fiz o que é melhor.

Mitsuya: Então, o melhor para você é que sua filha não tenha um pai.

S/n: Eu não tive, e nunca precisei de um.

Mitsuya: Não vou contar a ninguém, mas quero fazer parte da vida dela. Toda menina precisa de um exemplo de homem. Quero ser o padrinho dela.

S/n: Está bom.

Mitsuya: Você teve o Shinichiro, e as minhas irmãs têm a mim. Não é justo.

S/n: Nada na minha vida é justo. Nem mesmo como fiquei grávida dela.

Mitsuya: Entendi. Descobriu antes ou depois da viagem?

S/n: No dia da briga com o Rindou. Ele queria que eu fosse morar com ele, e eu não queria. Já não estávamos muito bem.

Mitsuya: Entendi. E você escondeu para não ter...

S/n: Eu ia contar a ele, mas vi ele beijando outra mulher. Então, desisti. Durante a viagem, pedi à minha mãe para dizer que Lina é minha irmã.

Mitsuya: Eu nunca acreditei nessa história.

S/n: Por que não?

Mitsuya: Eu te conheço. Talvez os outros acreditem, mas eu nunca cai nisso.

S/n: Nem você e nem o Baji.

Nesse momento, a campainha toca novamente.

Mitsuya: Termine de dar mama a ela. Eu vou abrir.

Assim que ele abre a porta, Baji entra rapidamente.

Baji: Eu sabia!

S/n: O que está fazendo aqui?

Baji: Vim ver você, mas vi a moto do Mitsuya. Agora estou vendo a bebê no seu peito.

S/n: Não diz nada a ninguém.

Baji: Eu estava certo! Eu sempre estou certo.

Mitsuya: Cala a boca, ou vai fazer a menina chorar.

Baji: Desculpa.

S/n: Agora, só os dois, mais ninguém.

Baji: Qual é o problema?

S/n: Estou com vergonha, ok? E não quero que os Haitani descubram. Eles têm dinheiro e podem tirar a Lina da gente.

Baji: Sou um túmulo.

Ele se aproxima e beija a bochecha da pequena.

Baji: Você está acabada. Quando ela terminar, vá dormir. Eu e o Mitsuya cuidamos dela.

Mitsuya: Sim.

S/n: Não precisa, gente. Estou bem.

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