Rosé

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— Eu quero isso resolvido para ontem! —
A loira deu chilique com a arma em punho fazendo com que eu e Juliano nos encolhêssemos. Não conseguia pensar, parecia que todas as regras de declaração que eu conhecia havia sumido da minha
mente.

— Me deixe ir no banheiro e refrescar
minha cabeça. Não estou conseguindo pensar...

Levei um tapa na cabeça que só piorou
minhas dores nessa região.

— Estou pouco me lixando para sua
frescura. Eu quero isso pronto e você não fez nenhum movimento!

— Como você quer que eu me mexa
estando amarrada? — resmunguei e fechei os olhos, esperando o próximo tapa, já que virei o saco de pancadas.

— Mexer com números não é fácil, Jana
— Juliano tentou me defender.

— Eu vou matar vocês dois se isso não
estiver pronto quando o sol nascer.

Ela saiu da sala me deixando sozinha com
as dores e dúvidas sobre meu futuro.

Será que alguém viria me salvar?

— Me diga novamente, por que vocês
precisam de um balancete? Vocês não são
bandidos?

— Precisamos de empresas fantasmas e
legais, para a lavagem de dinheiro. Já falei sobre isso e pensei que estava óbvio isso nos papéis que te mostrei — ele falou rolando os olhos.

— Que sem noção... — resmunguei.

— Você está namorando? — ele perguntou, levantando outra folha na frente do meu
rosto.

— Juliano, vai se foder — cuspi com
raiva.

— Eu sempre gostei desse seu jeito sincero
e explosivo. Isso sempre rendeu um bom sexo — falou sonhador.

— Você está aqui para me ajudar nesse
balancete ou só para me irritar?

— Eu poderia te soltar, você sabe, mas
preciso que mostre um pouco de consideração comigo — respondeu com calma.

Revirei meus olhos de tanta raiva que
estava e piorei as dores da cabeça. Eu só precisava fazer com que ele calasse a boca.

— Por que vocês recebem tanto dinheiro na conta? Se é tudo ilegal, por que não receber em espécie? — falei analisando um extrato bancário e não acreditando na burrice.

— Você poderia ser a nossa contadora, eu
teria o prazer de foder com duas.

Arregalei meus olhos e virei meu rosto
para ele, encarando sua burrice ou sonho
inalcançável. Aquela mulher não só o mataria, como a mim e qualquer um que estivesse em seu caminho.

Escutamos um barulho estranho. Ele se
levantou e saiu do quarto, me deixando sozinha e desesperada para me soltar das amarras.

Meu coração estava acelerado, meus
instintos diziam que esse era o momento para que eu conseguisse me libertar e então, com toda a força que consegui, acabei me derrubando no chão e acertando minha cabeça em algo muito duro.

— Porra — resmunguei, porque minha
visão ficou turva e minhas forças pareciam sumir.

Fechei os olhos quando alguém abriu a
porta com força e passos firmes me alcançaram.

Os 6 irmãos BangTan Onde histórias criam vida. Descubra agora