Namjoon

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— Eu sabia que você deixaria de viadagem
— Hoseok foi o primeiro a se aproximar e me abraçar com vários tapas nas costas. No aeroporto da cidade onde toda a história da família Bangtan começou, Hwasa e eu chegamos e fomos recepcionados por aqueles que saíram mais cedo.

Taehyung e Jennie também me cumprimentaram, Momo me deu um abraço caloroso e deixei minha mulher com suas amigas para cumprimentar minha mãe.

— Que bom te ter comigo, meu filho.

— Agradeça Hwasa — falei sério e ela
negou com a cabeça quando me afastei.

— Você quer agradar sua mulher, mas sei
que só está aqui por si. Você só faz o que quer. — Segurou meu rosto um segundo e foi cumprimentar minha namorada.

Eles saíram de manhã em um voo comercial e depois do almoço fretei um jato para nos levar. Como imaginei, minha mulher avisou
suas amigas e eles nos esperaram para irmos de helicóptero até a ilha de Jungkook. Em duas aeronaves, depois de Jennie ter comprado dois lanches em um fastfood, seguimos para a ilha e em nenhum momento Hwasa tirou sua mão da minha.

Acho que ela precisava mais de conforto do que eu.

— Medo de altura? — sussurrei no seu
ouvido e percebi seu corpo inteiro se arrepiar.

Ela se acomodou mais perto de mim e não me importei de abraçá-la de lado.

— Um pouco, é a primeira vez que viajo — Ela inclinou o corpo e olhou para minha mãe. — Dona Vivian, a senhora já andou de helicóptero?

— Sim e se bem me lembro do trajeto, o
destino dele será o mesmo onde eu e Frank
passamos nosso primeiro aniversário de casamento.

Não pode ser mera coincidência.

Assim que o procedimento de descida
iniciou, abracei minha mãe também e ela suspirou de contentamento por isso. As pessoas em terra começavam a ficar mais nítidas e Vivian, aquela que foi mãe para seis homens, começou a se desmanchar em soluços e lágrimas.

— Seokjin... — ela falou assim que um
se aproximou a abriu a porta do helicóptero.

Os dois se abraçaram e precisei de um momento observando essa emoção para poder também sair do lugar. Esse era o filho mais velho, aquele que perpetuaria a família, o primogênito.

Senti meu rosto molhado e os lábios de
Hwasa nele. Olhei para ela e a vi sorrir com lágrimas nos olhos.

— Você conseguiu. Está aqui junto com
seus irmãos.

Porra... meus irmãos. Não tinha mais
Hoseok para cuidar, mas... não tinha mais ninguém para cuidar, todos pareciam homens feitos.

Assim que minha mãe se afastou do abraço
do filho, saí com Hwasa e encarei.

Seokjin tinha um semblante altivo, sério e um tanto emocionado. Pelo jeito, esse era o momento dos homens chorarem.

— Meu menino, como você está lindo, tão
parecido com seu pai — Vivian falou e segurou o rosto dele com as mãos. O gesto parecia muito com o que costumava fazer com Hwasa e isso me intrigou. — Te amo tanto, meu filho, me perdoa...

— Não há nada para se desculpar, mãe.
Vamos falar do passado em outro momento, agora, você tem três filhos carentes para cuidar.

Andamos para longe dos helicópteros e foi
a vez de um homem com ar superior e sorriso fácilbabraçar minha mãe. Caramba, não existia mais nada meu aqui, éramos todos iguais, tudo nosso.

— Oh, meu Jim, meu sanduíche, meu
menino rebelde.

— Hoje sou um homem comportado, mãe
— falou entre o riso e o choro. Percebi quando ele inspirou e sabia exatamente o que ele sentia. Casa. Conforto. — Que saudades de você.

— Me perdoa filho...

— Perdoe a gente por nunca ter buscado
você — falou com emoção e foi a vez do irmãobgêmeo de Taehyung, Jungkook, se aproximar com uma mulher ao seu lado.

Demorou alguns momentos para que
ambos se mexessem para um abraço e Vivianngritasse de dor e desolação. Todos se aproximaramnpreocupado, mas foi Jungkook que a pegou no colo e andou até a casa.

— Me perdoa, me perdoa... — repetiu
várias e várias vezes até chegar na casa toda de vidro e ser colocada deitada no sofá. Uma senhoranapareceu com um copo de água e ambas se olharam com reconhecimento.

— Oh, dona Catarina, você cuidou do meu
menino.

— Como se fosse meu. — Ela ajudou
Vivian a sentar e todos em volta estavam confusos e preocupados.

Depois de tomar toda a água e segurar o
rosto de Jungkook com as mãos, ela falou baixo:

— Você é um homem lindo e será um pai
maravilhoso, meu filho. Perdoe essa mãe, me deixa fazer parte da sua família.

Ele acenou em concordância e duas
mulheres sentaram ao lado da matriarca, tanto para confortar como para serem confortadas.

— Oh, minhas noras e futuras mamães.
Vocês são o presente mais bonito que poderia ganhar.

— Por que você conhece Catarina? — uma
delas perguntou.

— Vim para esse refúgio quando fiz um
ano de casado com Frank, quando finalmente descobrimos que nos amávamos, mesmo que nosso casamento tivesse sido arranjado. A ambição de nossos pais não manchou o verdadeiro amor que sentíamos um pelo outro. — Fez uma pausa. — Catarina é a pessoa que sempre cuidou desse lugar e ironia do destino ou não, estou aqui novamente para celebrar o amor, à vida, à família.

— É tudo lindo — Momo comentou.

— Tirando o racionamento de comida, está
tudo bem — Jim comentou.

— Eu trouxe sua encomenda! — Jennie falou
divertida e uma das grávidas levantou do sofá.

— Carne! — Levantou as mãos para o ar
em comemoração.

— Meu filho não vai comer carne! —
Jungkook falou e virou uma confusão de conversas, tentativas de acalmar e risos. Percebi que todas as mulheres estavam usando a corrente com pingente V, inclusive minha mãe.

Pelo jeito, Capela estava mais presente na
vida dessas mulheres do que poderia imaginar.

Peguei na mão da minha mulher, saí de
perto de toda a confusão e segui em direção ao mar.

Alguns passos depois, Hwasa tirou os tênis e
caminhou descalça pela areia.

— No fim, deu tudo certo, né? — falou
descontraída.

Olhei para trás e observei alguns casais se
afastando, outros interagindo e minha mãe, ao fundo, admirando todos.

Abracei-a de lado, beijei sua testa e
suspirei aliviado.

— Sim, deu tudo certo, mas não é o fim.

Fim!

Os 6 irmãos BangTan Onde histórias criam vida. Descubra agora