Namjoon

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Para onde Hwasa foi e não avisou ninguém?
Pior, minha secretária falou que ela parecia
transtornada, alguma coisa aconteceu e se minha intuição estivesse certa, tinha tudo a ver com seu ex-chefe.

Porra de homem manipulador. Faltava o
beiço de uma pulga para eu gastar dinheiro e investigar a vida desse homem. Tinha que ter algo de podre que pudesse fazer com que ele sumisse de nossas vidas sem prejudicar a empresa.

O toque do celular dela soou na minha sala
e sem me importar com privacidade, olhei o visor e vi o nome de Momo.

— Alô.

— É... esse celular é da Hwasa?

— É Namjoon, Momo. Você sabe onde sua
amiga está?

— Estou com meu peito apertado
pensando nela, Namjoon. Não costumo perturbar seus dias, porque sei que ela é muito focada no trabalho, mas hoje precisei ligar. Meu Deus, aconteceu alguma coisa! — Apesar das palavras parecerem desesperadas, ela se mantinha serena
falando.

— O que você sabe sobre o ex-chefe dela,
Momo? — Sentei na cadeira próxima da mesa de Hwasa e me desarmei. Começaria investigar por mim, inclusive, a reunião de amanhã não parecia tão promissora como horas atrás.

— Hobi me contou que falou com você.
William é um idiota abusador, que assumiu a dívida do pai e fica jogando isso na cara dela
constantemente. — Ela bufou e respirou fundo. — Droga, não deveria estar falando isso com você, é um assunto dela e delicado, Hwasa evita expor sua vida profissional para não ser julgada, mas... estou engasgada, Namjoon. Você é meu cunhado e agora
chefe dela, precisa ajudar minha amiga.

— Acho que ela não quer ser ajudada. Observei atentamente essas semanas que estamos juntos e acho que ela tem uma ligação... atração...

— Não! De onde tirou isso? Hwasa vê o
chefe como um pai e não como um homem. Pelo amor de Deus, pense com a cabeça de cima e não a de baixo.

— Não se preocupe, estou pensando com o
órgão certo — respondi sem conter o sorriso.

— Não é do meu perfil fazer isso. Meu
Deus, posso perder minha amiga por a estar expondo desse jeito, mas da mesma forma que segui minha intuição para ligar, estou seguindo para falar. Ela também gosta de você.

— O quê?

— Anote esse número, fale com Capela,
uma investigadora particular, e peça para que encontre Hwasa, mas tenho certeza que você já sabe onde ela está. — Ela disse um número, anotei em um rascunho solto na mesa e encerrei a ligação.

Minha cabeça estava longe, mais
precisamente na mulher que beijei no dia anterior com sabor de sorvete. Sempre fui um homem de pastel, mas apenas com isso ela me transformou em alguém que terá estoques e estoques de sorvete só para sentir na sua boca, no seu corpo...

Fechei os olhos, disquei para a tal Capela
pelo meu celular apenas para saber quem era ela e se já poderia investigar aquele idiota, porque sabia que Hwasa estava lá na sede da GPlus, resolvendo alguma coisa que William não tinha competência para fazer sozinho.

— Mas se não é o último dos moicanos me
fazendo ressurgir das cinzas! — uma voz jovial e alegre surgiu do outro lado da linha.

— Aqui é Namjoon Bangtan, Momo Hirai me
deu seu telefone.

— Isso porque era para manter em
segredo esse número. Não se pode mais confiar nas pessoas — ironizou.

— Ela está preocupada com Maria, a
mulher sumiu e não levou o celular! — falei
indignado.

— Calma, homem, foi só uma brincadeira,
as Joaninhas Valentes têm carta branca no meu dia. — Escutei barulho de teclado e alguns xingamentos sussurrados. — Sério, já tinha pensado nisso antes, agora tenho um motivo a mais.

— Do que está falando? — Será que tinha
feito certo ligando para ela?

— De localizadores. Quem tem carro, ótimo. Quem só anda de coletivo como Momo e
Hwasa, fico às cegas. Vou ter que invadir seu
sistema de segurança.

— Por que invadir?

— Porque ela não tem um localizador e
vou seguir os passos dela. Mas convenhamos, sabemos que a pequena gafanhoto foi para GPlus.

— Como você sabe? Caralho, você é
muito acelerada.

— E você não corre o suficiente para
acompanhar meu bonde. Vamos, Bangtan, mostre que você é mais porreta que todos os outros cinco!

Soltei o ar com força e precisei fechar os olhos para me situar. Capela não falava nada com nada e eu, estava me tornando lunático como ela.

— É o seguinte, gostaria de saber quanto
custa para investigar o ex-chefe de Hwasa.

— Sei quem é, William, aquele escroto,
sem noção, pinto pequeno...

— Menina, dá para focar no que preciso?

— Localizadores em confecção, Hwasa
localizada e uma constelação inteira puta da vida com o vídeo que está rodando na minha frente. Tenho certeza que você, cometa Halley, mataria um.

— Ela está na GPlus? — Levantei da
cadeira, peguei a chave do meu carro e segui para fora.

— Enquanto você desce, uma estrela que
estava por perto vai te fazer companhia. Alfa Centauri ou AC, ela é um amorzinho de lábios carnudos.

— E o que ela poderá fazer para me
ajudar? Só preciso que encontre alguma merda de William para que eu possa rescindir seu contrato e o expulsar da minha empresa.

— Assédio moral? Extorsão? Fraudes com
impostos? Assédio sexual? A lista é grande, já tenho a capivara dele desde quando peguei a conversa sobre ele ser um idiota para Hwasa.

Precisei de todo o controle que tinha para
não gritar ou socar a parede agora. Peguei o
elevador, fiquei em silêncio e rosnando como se fosse uma fera presa na jaula. O celular ainda estava no meu ouvido, mas tudo o que via na minha frente era vermelho.

Eu queria sangue.

Assim que pisei na recepção, uma mulher
acenou para mim da porta.

— Essa é AC, deixe que te acompanhe e
passe por fiscal do Ministério do Trabalho.
Enquanto você resgata sua donzela da torre e eu arrumo as merdas que William fez para prejudicar Maria, Alfa Centauri fará aquele cuzão tremer um pouco nas bases.

Fiz um sinal para que o segurança deixasse
a mulher passar, ela me cumprimentou com um aceno de cabeça e descemos as escadas até o estacionamento do subsolo.

— Uma última coisa, esse assédio sexual
foi com Hwasa? — perguntei com cautela, mas sem esconder o perigo que seria dependendo da resposta.

— O que você precisa saber é que
independente da vítima, ele vai pagar. Hoje é dia de rock, bebê!

— É dia de rock, Bangtan — a mulher do
meu lado falou antes de entrar no carro.

Com o coração na mão e sem saber o que
deveria fazer ou não, pensei em Hwasa e acelerei em direção a empresa que me abriria muitas portas, mas que acabou de fechar um porão. Os ratos iriam sair e minha donzela precisava resistir firme até que
seu príncipe chegasse. Ou sapo.

Os 6 irmãos BangTan Onde histórias criam vida. Descubra agora