Jisoo

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Entramos com o carro e ela entrou antes de
o portão se fechar.

— Posso lidar com isso. Quer voltar para
casa, ficar...

— Posso participar? — perguntei, me
sentindo no dever de fazer a mesma coisa que ele fez para mim.

— Como? — Ele parecia confuso.

— Se não for muita invasão da sua
privacidade, queria participar do que quer que você precise resolver com ela. Gostaria de ser seu apoio... queria pelo menos tentar — resmunguei a frase final, me sentindo tão boba.

Ele era um homem feito, não precisava do
meu apoio.

Vi quando a mulher parou do lado do
motorista, ele virou as costas para ela, pegou minha mão e beijou o dorso.

— Obrigado por fazer isso por mim. Sim,
eu te quero do meu lado.

Com um suspiro, nós saímos do carro e fui
obrigada a escutar a voz de ressentida da abusada.

— Oh, Seokjin, o que está acontecendo
conosco? Por que você está andando com a
estagiária?

Revirei os olhos quando dei a volta no
carro e observei Jin se livrar do abraço dela. Ele buscou minha mão, segurou com força e
respondeu:

— Vamos conversar lá dentro, Laila.

Ele marchou até um escritório que ainda não conhecia e a mulher nos seguiu com seus
sapatos de salto ressoando pela casa.

— Você deve estar confuso, Seokjin. Nossa última conversa não te esclareceu nada? Só
temos a ganhar com nossa união.

Antes de me colocar sentada na cadeira
presidencial atrás da mesa, Jin me olhou nos olhos e disse tudo o que eu precisava saber.

Confiar nele.

— Laila, nossa união foi baseada apenas
em mentiras. Se você não entendeu nossa última conversa, entenda agora, nosso noivado acabou — falou com raiva, cruzou os braços à sua frente e bufou.

Ela olhou para mim e sua máscara
impecável caiu.

— Você não pode acabar um
relacionamento de mais de cinco anos, Seokjin! — Porra, tudo isso? — Eu dediquei minha vida a estar ao seu lado para ser trocada por uma menina!

Fiz uma careta e mordi a língua para não
responder algumas verdades a essazinha.

— Não fale besteiras, saí da minha casa
com nosso relacionamento encerrado. Meus
advogados já entraram em contato com você, não há mais nada para discutir.

— Nós brigamos, você estava sensibilizado por causa da proximidade do aniversário de suicídio do seu pai. Sei o quanto você sofre com isso...

Franzi a testa, o tom sem cuidado que ela
usou para falar da morte do pai dele me gerou uma raiva e quis esbofetear a cara dela. Olhei para Jin e vi o quanto ele estava afetado com isso.

Filha da puta, se ela falar mais alguma
coisa para afetá-lo, eu interviria. Homem não batia em mulher, mas eu sim!

— Você quer dinheiro, Laila, e isso nós
podemos entrar em um acordo. Fale com meus advogados, libere minha casa e apenas suma da minha vida.

— Vamos para a praia, meu amor — ela
falou com doçura e meu estômago embrulhou quando ela tocou seu rosto. — Sabe o quanto você se sente bem comigo, com nossos amigos...

Os 6 irmãos BangTan Onde histórias criam vida. Descubra agora