Tae

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Uma localização afastada da cidade foi o
suficiente para que pudesse organizar meus
pensamentos. Desistir do que estava sentindo por Jennie não era uma alternativa, mas obrigação, tudo por causa de quem um dia considerei como pai, minha única família.

Não era atoa que me sentia sem um lar,
sem um vínculo com ele, por mais que insistia em ser fiel. Filho da puta, ele me enganou todo esse tempo!

As agentes secretas entraram em contato
comigo logo que saí da mansão da família e tentei não pensar muito em como elas pareciam saber de tudo e sobre tudo.

A propriedade onde Alberto está preso é
discreta, tem portões baixos e uma casa simples.

Era tudo muito estranho, mas quando vi uma mulher toda em preto se aproximar quando
estacionei o carro na entrada, sabia que estava no lugar certo.

— Sou Riguel, prazer em conhecê-lo.

— Onde ele está? — Cumprimentei-a com
um aperto de mão e seguimos para dentro da casa onde nada refletia o que estava do lado interno.

Enquanto lá fora é simples e arcaico,
dentro existia tecnologia. Paredes brancas,
monitores e dispositivos eletrônicos enfeitavam uma parede. Riguel digitou um código no teclado, uma porta se abriu e degraus em direção ao chão apareceram.

Caminhamos em silêncio, seguimos para um corredor, depois mais degraus até que paramos na última porta do corredor. Uau, estava tudo subterrâneo.

— Ele está preso na cadeira. Podemos
controlá-lo de te atacar fisicamente, mas não verbalmente. Pedimos que mantenha a integridade física do homem, por mais que ele mereça uns bons safanões.

Ela abiu a porta e entrei não reconhecendo
mais o homem que um dia cheguei a admirar.

Aquele que me mostrou o mundo, me teve cativo em sua vida e me introduziu no antro de perdição sexual.

Sentei na cadeira à sua frente, respirei
fundo e tentei fazer o que ela tinha me pedido, que era, não agredir.

— Por quê?

— Vai acreditar em tudo o que elas falam,filho? — falou com raiva e olhou para a parede com espelho falso, sabia que estavam lá assistindo.

— Não sou seu filho.

— Sim, você é. A puta da sua mãe fodeu
comigo!

— Exame de DNA não mente. — Bati na
mesa de metal. — Por que você fez tudo isso?

— Estão querendo te manipular. Me tire
daqui, precisamos de um lugar...

— Eu não vou te tirar daqui. Você cavou
sua própria cova e quer me levar com você! Eu não vou admitir!

— Você é meu filho e tem que acreditar
em mim! — gritou desesperado e levantei da
cadeira me sentindo enjaulado. O peso das
consequências das ações dele caindo sobre mim.

— Acreditar que você não criou empresas
fantasmas com meu nome para disfarçar os prostíbulos clandestinos? — Parei e o encarei com ódio, esse não era e nunca deveria ter sido uma figura paterna para mim. — Acreditar que não me tirou a força da minha mãe quando bebê?

— Ela te deu porque quis. Se assumisse
nosso relacionamento nada disso iria acontecer.

— Romance? — Ri de desgosto. — Você
quer que eu acredite que algum dia você gostou de alguém que não seu próprio ego?

Os 6 irmãos BangTan Onde histórias criam vida. Descubra agora