Momo

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— Oh! Meu Deus... oh! Meu... — Hwasa
não parava de repetir essas palavras depois que contei o que aconteceu comigo. Agora que não falaria mais sobre o assunto em voz alta, peguei minha bolsa e corri saindo do meu apartamento para pegar o ônibus para meu trabalho.

— Você precisa me ajudar, não sei como
abordar esse assunto com nenhum dos irmãos. Hoseok quer falar com eles antes, parece ser humilde e não um machão que vai enfrentar o mundo sem escutar as razões alheias.

— Mas você brigou com ele por conta de
como revelou tudo isso. Por que está defendendo?

— Ele continua sendo um idiota, Hwasa, a
questão é saber qual dos irmãos é o mais centrado e conseguirá repassar tudo para os outros.

Segurei minha bolsa, o celular e corri para
o outro lado da rua quando meu ônibus quase não parou no meu ponto.

— Está correndo?

— Pegando busão! — Agradeci com um
aceno o motorista, passei pela roleta e me apoiei perto de uma das portas. — Será que Tata toparia algo?

— Que apelido ridículo, amiga. — Hwasa
riu. — Mas imagino que você falou só para que ninguém ao lado perceba.

— Você entendeu o meu objetivo. —
Suspirei. — Vou ligar para Jennie, acho que tenho um horário na minha agenda, aí falo com os dois.

— Não acho que ele seja o mais centrado
dos irmãos, lembra que ele acha que foi rejeitado?

É muito ruim estar de fora do relacionamento deles, as meninas contam o que passam, mas sempre acho que falta algo.

— Nem me fale, agora que tenho um na
minha vida ele se mostra um sem noção. Não vou te abandonar.

— Para de frescura, Momo. Você mesmo
disse que ele parece ser um homem correto, apesar de idiota. Se ele fez merda, vai pedir perdão.

— Já fez, mas não é tão simples assim.
Além do mais, o foco agora é outro. Me deseje sorte.

— Te desejo bom humor, isso sim, porque
Jennie está atacada hoje. Depois olha o grupo.

— Obrigada por me socorrer! Você
sempre tem paz para compartilhar.

— É porque não aguento a guerra e caos que meu chefe me causa. Para atender o telefone, tive que falar que estava com cólica intestinal. Até no banheiro ele anda me regulando.

— Você sabe que isso é assédio moral e
você já deveria ter processado esse cara há muito tempo! — falei irada, puxei a cordinha e me preparei para desembarcar.

— Preciso do emprego, o mercado de
trabalho não está essas coisas e não posso me dar ao luxo...

— Para de repetir as mesmas coisas que
ele fala para você! — interrompi seu discurso com desespero e respirei fundo para não perder o controle. Esse homem já tinha dominado a mente dela, Hwasa não precisava de outra pessoa louca no seu pescoço. — Desculpa, tente sobreviver, estou sempre aqui.

Desci e caminhei em direção a clínica onde trabalhava.

— Preciso voltar — falou chateada e me
bati mentalmente. — Nosso encontro no final de semana está de pé?

— Não troco por nada, prometo. Amo
você.

— Também te amo. Tchau.

Guardei meu celular, acelerei os passos e
quando entrei na clínica, meu paciente do horário já estava lá, impedindo que pudesse fazer a ligação para Jennie sobre as novidades da família Bangtan.

Como sempre acontecia, colocava meu
jaleco branco e tudo a minha volta mudava de frequência. Estava a serviço de ajudar meus pacientes, o que precisava ser feito para os outros teria seu tempo certo, o intervalo entre as sessões.

Por ironia do destino, consegui sentar e
respirar apenas no horário vago que queria ter Jennie e Taehyung comigo. Ou melhor, só Jennie, ela saberia lidar com o namorado.

Tirei o jaleco, saí da minha sala com o
celular na mão e me deparei com um entregador de floricultura. Revirei os olhos para essas pessoas que achavam isso bonito, dar este tanto de verde e colorido que em poucos dias morreria, e segui para fora, mas parei quando escutei:

— Essas rosas são para MomoHirai. Ela está?
Virei meu corpo, o entregar olhou para
mim e sorriu simpático.

— Está escrito Momo Hirai aí? — perguntei
sentindo a raiva fervilhar meu corpo. Ele não faria isso, sim? Quem me conhecia sabia o quanto achava este ato nenhum pouco romântico, muito menos o prelúdio de um pedido de perdão. Flores eram apenas para defunto, simples assim.

Que as apaixonadas me perdoassem, mas flores sem uma caixa de bombom ou um livro, eram apenas... uma parte da natureza que iria morrer junto com quem realmente deveria receber, o defunto.

Acho que demorei demais para responder,
porque o entregador se aproximou, mostrou onde deveria assinar e me entregou o mais avantajado e pomposo buquê de flores. Peguei o cartão no meio delas e li com a certeza que não conseguiria falar com Jennie hoje, porque faria uma ligação e esta seria
para um Bangtan sem noção.

“Momo, Apesar de como nossa manhã terminou, olhar para estas rosas me lembrou de você e como a vejo, a mais bela e formosa flor. Me perdoe,Hoseok.”

Os 6 irmãos BangTan Onde histórias criam vida. Descubra agora