First festive night.

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Irritante, obstinada, teimosa e chata

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Irritante, obstinada, teimosa e chata. Quatro palavras que conseguiam descrever de maneira perfeita a maldita jornalista, que além de tudo, era mandona. Eu com certeza não receberia ordens de alguém como ela, nunca.

Meu pensamento inicial quando soube que ficaríamos no mesmo quarto foi: vou me enfiar com Junior, vou obriga-lo a dormir no sofá e vou dormir na sua cama, não existem motivos reais para continuar essa briga. Porém, quando ela bateu na tecla do 'O quarto é meu' quando ela visivelmente estava fazendo isso porque eu não quis ser entrevistado por ela, eu sabia que meu propósito, naquele momento, era fazer a vida dela um inferno até que ela desistisse daquele quarto.

Eu me importava com o quarto? Não.

Eu poderia ir para o quarto de um dos meus amigos que com certeza ficariam felizes em oferecerem suas camas, ou até mesmo daquela jornalista gostosa que esqueci o nome? Sim.

Mas eu optei por esmagar o ego da Camilla e era exatamente isso que eu ia fazer.

— Mas que porra cara, só dá o quarto logo para ela. — Menza, meu baterista disse, olhando para mim enquanto repassávamos o som no palco.

— Eu não posso, isso agora é pessoal. — Respondi enquanto passava os dedos pelas cordas da guitarra lentamente.

— Pessoal? Porque ela disse que o quarto era dela? Bastante adulto da sua parte.
— Marty disse, ele não era nada divertido quando o assunto era esse tipo de coisa. — Ela é novata, Dave. Eu vi nos olhos dela, quando você se recusou a deixá-la falar, não perca seu fôlego com isso. Só vai causar estresse.

— Pelo contrário, meu caro Friedman, isso vai ensinar uma bela lição a nossa querida jornalista. — Eu sorri de maneira maliciosa, apoiando o braço no ombro de Júnior. — Vou ensinar a ela como lidar com situações sociais complicadas.

— O que tem em mente? Vai jogar cobras na cama dela, huh? — Júnior disse e eu dei de ombros, jogando o cabelo para trás enquanto ria baixo.

— Vocês verão, hoje a noite no festival.

— Dave, você não vai destruir as entrevistas da garota, vai?

— Eu? Jamais faria algo assim. Vou destruir toda e qualquer chance dela sonhar.

[...]

Mais tarde, perto do horário das apresentações, eu e meus colegas de banda estávamos em uma das barracas do festival, jogando conversa fora, zoando uns aos outros. Levantei meus olhos, procurando a morena com os olhos enquanto mastigava um milho. De repente, eu a vi conversando com Liam Gallagher e Noel Gallagher, membros da banda relativamente carne nova, Oasis. Pessoalmente, eu achava uma merda sem limites.

Dei um sorriso malicioso e olhei para os meus amigos.

— Observem. — Andei até Camilla e cumprimentei os irmãos, ela rolou os olhos assim que escutou minha voz atrás dela. Apoiei o cotovelo no topo da cabeça de Camilla enquanto olhava para os homens a minha frente. Ela tentou me empurrar educadamente, o que com toda certeza não deu certo. — Muito bom conhecer vocês.

Eles assentiram.

— A banda de vocês é uma merda. — Eu disse dando de ombros, eles me olharam com os olhos estteitos, prontos para revidar. — Sucesso.

Agarrei Camilla pelo braço, a guiando pelo festival. Ela estava usando um vestido marrom bastante curto de tecido batido, o cabelo dela caindo em onda sob seus ombros. Sua pele era levemente bronzeada e seus cachos eram castanhos, provavelmente tingidos. Ela tinha lábios grossos, olhos grandes e castanhos que brilhavam de raiva ao me encararem. Bonitinha.

— Pode me deixar em paz!? — Ela exclamou com certa raiva enquanto me empurrava, eu ri, enchendo a palma da minha mão com fios vermelhos.

— Você é tão fácil de irritar, morena.

— Por que você não me deixa em paz? Não tem uma loira peituda para você comer ou algo assim?

— Não, como vou deixar minha jornalista entrevistar qualquer músico medíocre? É na minha cama que você vai dormir. — Eu disse entre risos, ela rolou os olhos e começou a andar, andei ao lado dela. — Qual é, Camilla. Desiste.

— Nunca.

— Se você desistir agora, eu dou uma entrevista e consigo uns caras influentes para você entrevistar.

— Não preciso da sua entrevista ou da sua ajuda. — Ela continuou andando comigo atrás dela.  — Dá pra me deixar!?

— Vamos, morena, desista. Tenho a fama de conseguir tudo o que quero. — Ela fez uma careta, como se tivesse algo para falar.

— Tudo menos conseguir ficar no Metallica. — Ela disse da maneira mais maldosa e sínica que encontrou. Claro que ela diria, era como os outros jornalistas carniceiros.

Botei minha mão na parte de trás do pescoço dela, puxando-a para mais perto. Os grandes olhos avelã dela se arregalaram enquanto eu podia sentir seu pulso acelerando e suas bochechas esquentando. Ela definitivamente não era boa naquele jogo de provocação, disse o que disse no impulso, mas iria ouvir mesmo assim.

Se você acha que sabe alguma coisa sobre mim, sua jornalistinha de merda, está muito errada. Não sabe nada além das mentiras lidas nesses malditos artigos que gente como você escreve, diga algo assim de novo e descubra que posso ser bem pior.

Ela franziu a testa e negou com a cabeça.

— Eu não tenho medo de ameaças, pelirrojo, se você acha que vai me fazer desistir do que quero através de ameaças vazias, saiba que não vai conseguir. Talvez eu esteja errada em falar da sua barriguinha de criança com o Metallica, mas saiba que eu tenho como acabar com você.

Eu ri, apertando um pouco mais ela contra mim, o suficiente para seus olhos não conseguirem olhar para mais nada.

— E o que vai fazer? Escrever um artigo mentiroso sobre mim ou sobre a minha banda? Vai com tudo, morena. Você com certeza não vai ser a primeira e muito menos a última. — Eu me afastei rindo, de qualquer maneira, a menção dela ao Metallica me deixou alerta sobre suas intenções. — E, não esqueça que você é notava, eu sei que é. Pesquisei sobre você. Logo, o papel no qual você escreve é frágil, muito cuidado.

Ela rangeu os dentes enquanto eu me afastava.

— Te vejo mais tarde no meu quarto, chica. — Pisquei e saí rindo, sentindo seus olhos queimarem minhas costas.

Aquilo estava bem longe de acabar.

݁ ˖🎸 ༘ ⋆˚♫๋࣭ ₊ ⊹✎

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