A punch in the face.

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Quando eu acordei, como deveria imaginar, Camilla já não estava mais lá

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Quando eu acordei, como deveria imaginar, Camilla já não estava mais lá. Me levantei e me preparei para ensaiar, acabamos usando a setlist e foi um sucesso, o que me levou a cama de uma gostosa no show, e consequentemente, acabei chamando ela de Camilla. Por quê? Eu não sei.

Talvez a excitação focada na moça antes da Camilla me interromper, ou, da jornalista loira que ela não me deixou comer porque entrou no quarto aos gritos. Não existia um motivo real para pensar nela enquanto estava fazendo sexo com outra mulher e isso me irritou de uma maneira anormal, eu não era assim, não deveria ser assim.

Enquanto davamos uma pausa no ensaio, eu peguei meu caderno de anotações e passei algumas páginas, procurando lyrics das demos, quando vi um título que me chamou atenção.

Epitome.

Eu me lembro de querer ter uma música com esse título.

— Epitome? Que tipo de música seria essa? — Junior perguntou, se esticando para ver meu caderno de notas, o fechei novamente, rolando os olhos.

— Do tipo pra Diana. — Virei uma garrafa de água na boca.

— Você não larga o osso mesmo, né?

Rimos juntos, sabíamos que tudo tinha acabado há muito tempo.

— Ah, mas se eu tive umas músicas que os fãs gostas com ela, por que não tentar de novo? — Eu disse, nunca realmente tinha chegado a escrever as lyrics da música, mas tinha algo em mente. — Ia ser uma música bastante tocante, falando sobre...

— Alguma letra em mente?

Abri meu caderno de anotações e dei uma olhada nas páginas recentes e parei em uma página sem título, tinha escrito recentemente.

— “I can feel your smell, it's almost like a prison cell, wrapped in your lies, it's hard to break this spell.” — Eu mostrei a Junior, que pareceu realmente interessado no rascunho nada promissor, apenas algo da minha cabeça paranóica.

T: “Posso sentir seu cheiro, é quase como uma cela de prisão, envolta em suas mentiras, é difícil quebrar esse feitiço.”

— E você quer que seja uma música mais rápida ou agressiva?

— Ambos. — Eu disse rindo baixo. — Não acho que essa música será finalizada, não tenho uma 'Epitome.’

Talvez.

[...]

Quando saí da sala de ensaio com meus colegas de banda, passamos por uma sala e Camilla estava lá dentro, conversando com alguns caras de bandas que estavam no festival. Rolei os olhos e continuei andando, realmente não estava no clima para a merda dela, principalmente depois do que...

Porra. Ela quebrou a porra da minha guitarra e eu só parei para pensar nisso agora, depois de tudo que aconteceu.

Apenas esfreguei minhas pálpebras e continuei andando, depois de algum tempo, sem perceber e sem os meus colegas, estava em uma sala cheia de pessoas conversando, bebendo e rindo, com várias mulheres ao meu redor. Aquilo deveria diminuir o maldito vazio, mas não diminuía.

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