O cowboy não me deixa ir

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R O B E R T

Minha mulher está ao meu lado no acento do carro.

Ela observa a paisagem, olhando as árvores e o ambiente rústico e bonito enquanto eu passo a minha mão em sua coxa.

O sol fraco entra no carro e toca nela, o vento sopra seus cabelos e eu posso sentir seu cheiro inundar o carro. Eu respiro fundo, eu quero guardar comigo esse cheiro floral que pertence a ela.

Aperto mais forte sua coxa e ela suspira, mas não olha pra mim. Acho que ela está tentando se acostumar com isso como eu. Ter ela por perto me faz sorrir, a muito tempo não sei o que é isso.

Eu sempre vivo amargurado. As vezes minhas frustrações se extrapolam e eu acabo tratando as pessoas mal sem perceber.

Alguns minutos nos chegamos perto da cachoeira de águas azuis. Ela sai do carro sem me esperar e encara a cachoeira e depois a casa.

Saí do carro e fecho a porta e ela ainda está olhando para a casa, eu a abraço por trás e cheiro seu pescoço.

- Essa casa é maravilhosa, e com essa cachoeira aqui - ela aponta para as águas. - Eu poderia viver lá dentro... a pessoa que mora aqui tem muita sorte né?

Hoje será o dia perfeito, vou chamar Ellie pra morar comigo aqui, não vou mais ficar sozinho, finalmente.

- Sim, muita sorte.

Ela olha pra mim.

- Você mora aqui né?

Eu sorrio e ela continua a me olhar como se tivesse um ponto de exclamação no rosto. Mas isso a deixa sexy e fofa ao mesmo tempo.

- Eu que devia dar essa informação. Sim eu moro aqui.

- Uau. Eu venho aqui todos os anos.

- Sozinha?

- Bom, não. Eu vinha com o Sanches.

Ela pega em minha mão e caminha para a cachoeira. O barulho da água batendo nas pedras aumentam cada vez mais que chegamos perto.

O Sanches esteve esse tempo todo com Eliie, isso eu já desconfiava. E o mais incrível que foi debaixo de meu nariz. Não posso evitar ficar puto, que merda! Eu quero que ela se afastasse dele, não quero que ele chegue perto dela. Não quero que ela toque no nome dele nunca mais, ouvir o nome dele acaba com meu dia. Eu não posso demiti-lo, ele é um bom vaqueiro, mas ele não pode nunca encostar em Eliie, eu mato ele.

Ellie coloca os pés na água e olha pra mim, ela parecia preocupada.

- Ei? Oque ouve?

- Que?

Ela toca em meu rosto e me encoraja a falar.

- Você e o Sanches... vocês já tiveram algo?

Ela riu, riu de gargalhar, e eu não entendo. Meu rosto permanece igual. Não vejo motivo para tanta risada.

- Claro que não, ele é meu melhor amigo. Não vai me dizer que está com ciúmes, an?

- É claro que estou, você é minha.

Eu a puxo pela cintura, e ela vem de boa vontade e me beija.
E derrepente não estou mais bravo e sim com tesão.

Eu levanto sua blusa para cima e a retiro e ela estava sem sutiã. Desliso minhas mãos e eu sinto seus mamilos rígidos.

Nosso beijo se desgruda apenas para tirar o resto de roupas que nós restam.

Eu não queria parar de fazer toque físico com ela, isso me acalma e me deixa tranquilo. Mas ela se desgrudou de mim e correu para pular na água.

Eu corri atrás dela e pulo também. Ela sai de dentro da água com seus cabelos molhados.

Ela prende suas pernas em minha cintura e envolve os dois braços em meu pescoço. Ellie coloca a testa colada a minha e eu a abraço, o mais próximo que consigo.

Eu repito várias vezes em minha cabeça que a amo, eu amo essa mulher.

Eu a beijo e ela me devora.

Meu pau está duro, mas não posso fazer isso com ela aqui. Pode aparecer pessoas e ela estava dolorida essa manhã, eu tenho se ser paciente com ela.

Mas acho que ela quer muito isso. Ela beija meu pescoço e passa a mão em meu peito. Ela desceu a mão até meu pau e aperta, ela sorri e eu sorrio de volta.

- Não vamos fazer isso hoje.

Seu sorriso morre.

- Eu estou melhor.

- Não quero arriscar, amor. Fiquei preocupado com você hoje.

Ela sorri e me abraça. Eu sei deixar uma garota sem jeito a final.

- Você quer morar comigo?

Simplesmente saiu. Eu não quero perder tempo mais. Tem uma grande chance de ela não aceitar. Na verdade eu sei que ela não vai aceitar. Mas eu quero que ela tenha consciência de minhas intenções.

Ela desfaz o abraço e fica de frente pra mim.

- Oque? Acho que ouvi errado por conta do barulho da cachoeira.

- Eu te chamei pra morar comigo, naquela casa. Eu e você. E... bem, a Maria também mora lá.

- Você mora sozinho com uma mulher?

Então essa foi a única parte de minha conversa que ela prestou atenção. Seu ciúme me arrancou uma boa gargalhada.

Ela me olha com cara de brava, tenho certeza que ela não percebeu isso.

- Maria é uma senhora que tenho uma grande admiração, ela que cuidou de mim durante toda minha infância.

Ela relaxou os músculos do rosto e olha em meus olhos esperando eu terminar de falar. Isso é uma das coisas que gosto nela, ela não me interrompe, ela me ouve atenta pronta pra sempre me ouvir, eu me sinto bem falando com ela.

- Depois da morte do meu pai, eu fiquei sozinho. E você deve estar se perguntando da minha mãe, depois do que ouve com meu pai, ele foi assassinado, ela se foi com outro. Me deixou sozinho. Eu já era um adolescente, mas eu sentia a ausência deles todos os dias. E Maria cuidou de mim.

Ellie me abraça. E ela não diz nada, e eu gosto disso. Ela não foi como as outras pessoas e formularam uma frase pra me consolar, ela me consolou em ato.

Não quero ouvir palavras de pena.
Um abraço quente é o que preciso.

- Ela veio de uma situação crítica de pobreza e sem família, eu sou a única família dela, e eu a considero como mãe, então não fique com ciúmes.

Nós rimos alto. O sorriso dela, ele me encanta, eu poderia olhar para ele o dia todo e não iria me cansar. É um sorriso verdadeiro. Um que eu não via em outras mulheres que se interessavam em meu dinheiro.

- Eu não estava com ciúmes.

Ela me beija. Eu envolvo minha mão em seu corpo e ela me trata com carinho.

Nos assustamos quando um barulho de galho escoa um pouco perto onde estamos.

Ellie aperta forte em meus braços e olha envolta. Ela está apenas de calcinha, eu a aperto em mim para que ninguém seja capaz de ver seu corpo.

- Quem está aí?!