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R O B E R T

O dia do rodeio está chegando, e eu não estou tão focado. Tenho medo de não ir como o planejado. Muita gente de fora vai vir então é uma grande pressão para que tudo fique perfeito.

Coloco cachaça no meu copo e dou meu primeiro gole. Não é fácil pra mim não ter o que quero.

Alonso chegou, agora se tornou mais difícil Ellie me escutar. Eu quero vê-la hoje... na verdade eu quero ver ela todos os dias toda hora. Eu sei que fui idiota, eu estou arrependido e eu queria dizer isso a ela sem parecer um babaca.

Eu não sei pedir desculpas, eu nunca tive que me reconciliar com ninguém e nem correr atrás de uma mulher, nem muito menos amei uma.

Estou aprendendo na marra. Eu teria evitado tanta coisa se eu não tivesse ficado parado, se eu não ficasse lá com Angelina... se eu não fosse tão idiota ao ponto de ter deixado ela escapar de mim. Quantas vezes eu pensei nisso?

Não vou deixa-la nunca mais. Mas como eu posso fazer isso se ela não quer mais olhar na minha cara?

Passo as mãos na minha cabeça, puxando meus cabelos para trás. Não consigo evitar o soco na mesa. De uma vez, eu bebo toda a minha bebida. Ela desce ardendo como meu coração.

Quero acabar com essa mágoa dentro de mim, eu me sinto culpado e extremamente triste.

Eu bati no melhor amigo dela, assim como ela o chama. Eu queria me sentir bem com isso, mas tenho certeza que oque fiz não vai afastar Sanches dela, e sim me afastar de Ellie, isso sim.

Bebo novamente e saio do escritório já com a coragem que o álcool me deu e caminho em passos lentos até a porta. Eu vou até ela, não me importo se ela não quer me ver, ela vai me ver querendo ou não.

Abri a porta com certa urgência.

Meu mundo estava ali parado, talvez me esperando. A minha angústia se vai quando ela me abraça de volta.

Ela quer sair desse abraço, mas não vou deixar, eu senti falta disso.

- Agora não. Só mais um pouco.

- Precisamos conversar.

Nesse momento eu me forcei a deixar seu abraço aos poucos, eu olho para seu rosto e faço carinho em sua bochecha rosada, ela engole em seco e eu a beijo.

Não consigo evitar e ela também não, a tanto tempo eu esperei isso, será um sonho ou realidade?

Toco suas costas trazendo ela pra mim e ela tenta se afastar de mim.

- Não vai me convidar para entrar?

Ela diz e eu pego em sua mão e entro para dentro e fecho a porta assim que ela passa.

Levo ela até meu sofá. Estou nervoso, antes ela não me queria por perto e agora ela está aqui, tenho medo do que ela tem a dizer.

- Robert eu... não sei como dizer mas, eu vim aqui porque eu quero fazer as pazes, sabe eu não quero ficar longe de você.

Enquanto um grande sorriso abre em meu rosto, vejo uma certa apreensão no rosto dela.

- Eu não aguento mais ficar longe de você. Me perdoa? Eu não consigo mais, eu não suporto. Eu só consigo pensar em você e como eu fui idiota. Eu devia ter ido atrás de você e explicado e...

- Calma tá tudo bem...

Ela segura em minhas mãos quando percebe que eu estou me alterando.

- Eu fui infantil Robert, eu não devia cobrar fidelidade de você. Você é solteiro e eu também.

Algo quebra em mim, mas eu posso conseguir consertar isso depois.

- Eu estou morrendo de saudades de você. De como éramos antes de... enfim eu estou com saudades, Eu ouvi um concelho de alguém. Sobre a vida ser curta para não fazer oque tem vontade por medo.

Não preciso ouvir mais nada.

Pego ela no colo, ela coloca as mãos em volta do meu pescoço e me beija. Subo as escadas e a levo para meu quarto.

Coloco ela na cama e a beijo, começo a cheirar seu pescoço sentindo seu perfume gostoso, seguro na barra de sua blusa e ela me impede.

- Desculpa amor.

- Tudo bem Robert, não é que eu não queira mas eu estou naqueles dias, então... vamos aproveitar para conversar tá bom?

Respiro aliviado.

- Tá bom linda.

Abraço o corpo dela tentando acalmar o meu. Nem acredito que estamos bem de  novo.

- Me conta, cadê a Angelina?

- No hospital.

- Hospital?

- É, o Sanches não te contou amor? Ela sofreu um acidente no treinamento. Um tambor caiu na cabeça dela.

Ela começa a rir desacreditada.

- Não me pergunte eu não sei como foi.

- Meu Deus! Você tá falando sério? Ela tá bem?

- Você ainda se importa? Ela destruiu nosso relacionamento. Na verdade fui eu mas... vamos mudar de assunto vai.

Eu me aconchego nela e esfrego meu rosto em seus seios cheios com saudade. Minha boca saliva em pensar neles.

- Você cheira a bebida, Robert.

- Você também.

Tento abrir os botões de sua blusa.

- Eu só bebo para me sentir melhor. Me ajuda a abrir isso?

Ela sorri e abre e tira o sutiã e coloca na cama em um lugar qualquer.

Que saudade disso. Eu aperto os peitos dela e sorrio. Ela fecha os olhos quando eu coloco um deles na boca.

Aperto mais seu corpo contra o meu. Novamente aquela sensação de que isso não é o suficiente.

- porque você gosta de ficar assim em?

Eu não respondo, não quero largar. ela começa a passar a mão quente e macia em minhas costas por baixo da roupa.

Deus por favor, isso não pode acabar nunca.


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Cês desculpa a autora aqui pelo
atraso 🙏

O cowboy não me deixa ir Onde histórias criam vida. Descubra agora