O cowboy não me deixa ir

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E L L I E

Ele sugava meu seio a mais de uma hora. O cowboy não queria conversar pelo visto, me deixa falando sozinha e as vezes parece que ele está dormindo de tão quieto mas ele continua mamando. Ele não cansa não?

Enquanto eu penso na nossa pequena conversa, o efeito do vinho saia da minha cabeça. Lembro de que não falei tudo oque eu queria dizer.

Ele bateu no Sanchinho, foi uma briga feia. Não gostei disso, e vamos ter que resolver isso de uma vez por todas.

Não tem condição nenhuma esses homens feitos continuarem brigando por besteiras. Isso pode ser resolvido.

Balanço o fazendeiro e ele resmunga baixinho. Eu respiro e decido arrancar meu peito de sua boca.

- Amor, por favor. Eu preciso de mais.

Eu olho para o rosto dele que está com uma expressão tão triste, parecia que eu estava o fazendo sofrer, será que é manipulação ou ele tá triste mesmo?

- Eu posso mamar mais?

Ele tira minhas mãos dos meus seios e voltamos a estaca zero. Ele agarra um com a boca e o outro ele segura com sua mão gigante.

- Então eu falo e você escuta, é melhor assim.

Ele assente com a cabeça.

- Eu não quero que você é o Sanches fiquem brigando. Aquilo na casa do vovô foi ridículo. Não é para acontecer mais. Se acontecer de novo, vai ficar feio para os dois.

Ele só concorda com a cabeça. Acho que se eu falasse para ele dar a fazenda pra mim nessas circunstacias aqui ele me daria sem pensar duas vezes.

- A gente quebrou a cama do vovô acredita?

Eu falei um pouco triste, ele cuida tão bem das coisas que foram os presentes de casamento dele e da vovó Ana. Os pratos, copos, talheres e alguns móveis estão intactos até hoje, certeza que ele ficou triste.

Ele abre os olhos e para de mamar por um mísero segundo e depois voltou a mamar. Ele vai me deixar falando sozinha mesmo? Qual é?

Parece loucura, mas eu gosto tanto quando ele tá assim comigo... é inexplicável.

Ele se aninha mais a mim e me aperta mais quando a chuva começa. Nós continuamos assim.

- Tô com frio.

Ele faz cara de bravo, mas ele desgruda do meu seio e nos cobre com um cobertor fino e volta a me abraçar e mamar.

Não consigo ficar sem conversar por muito tempo, acho que na outra vida eu fui um papagaio.

- Você lembra daquele dia? O do nosso primeiro beijo? Você me xingou de surda e burra. Lembra? Não te perdoei tá!

Ele resmunga mas não fala nada. Continua trabalhando em silêncio.

- O rodeio é amanhã. Eu vou participar da prova e realizar o sonho do meu vovô.

Ele abre os olhos e fecha novamente ao ouvir que eu vou participar. Acho que se eu não contasse seria uma surpresa.

E as horas passaram assim, eu falando com as paredes. Até parecia que ele não ligava pra mim.

Com grande custo eu consegui sair daquela cama. Mas agora estamos em uma discussão constante. Eu tenho que ir para casa, mas a chuva deixou a estrada cheia de lama e já está de noite e ele não vai me deixar ir.

- Inventa alguma coisa pro Alonso e volta para a cama.

Ele disse em um tom sério. Já que é assim, então tudo bem.

- Alô vô, eu tô no Sanchinho e eu vou dormir aqui hoje. Tudo bem? Boa noite.

Ele me olha sério e eu me aproximo com um risinho no rosto.

- Não tinha algo melhor para inventar não?

- Não.

- Só pra me provocar né? Sabe que eu morro de ciúme de você.

Eu passo meu dedo indicador em sua boca e ele morde.

- Aí! Não me morde seu...

Ele solta meu dedo e eu coloco meu dedo na boca para amenizar a dor e ele me olhou safado.

- Para com isso, eu estou de mal com você.

Saio de perto e ando para fora da cama, meu drama é meu charme.

Ele me abraça por trás e beija meu pescoço. Não faça isso comigo se não me quer ter nas mãos.

- Não fique, você sabe que eu amo você.

- Não eu não sei.

Eu digo com vergonha, ele acabou de se declarar pra mim. Oque eu faço?

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