O cowboy não me deixa ir

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R O B E R T

Eu tinha 17 anos, eu era muito jovem... tinha escolhas a fazer, dívidas a pagar.

Por noites meu coração ficava aflito, sem saber oque fazer. Eu acabaria com tudo? Tudo oque meu pai sofreu para construir?

Anos atrás.

- Por favor, senhor. Eu preciso que continue sendo sócio.

- Me diga o porquê. Seus lucros não estão me retornando nada. Depois que seu pai se foi... esse lugar não é o mesmo a muito tempo. Vou investir em outra fazenda que me retorne capital necessário.

Essas palavras me atingiram como um soco no estômago. Eu não sou capaz de nada.

[Eu precisava desse dinheiro, eu tive prejuízos com máquinas de colheitas, e eu decidi comprar máquinas novas com o resto do dinheiro. mas o plantio de grãos foi dizimado por pragas e eu não tive lucro por alguns meses.]

[Todos os sócios rasgaram o contrato na minha cara, só ficou Sebastião. Eu precisava dele]

A filha irritante dele entra na sala assim que ele sai. Deu a volta e ficou atrás de mim. Ela toca em meus ombros e lambe meu pescoço.

- Eu ouvi a conversa, docinho.

Eu fiquei calado.

- Posso ajudar você.

E foi ali que eu perdi minha dignidade, acho que me vendi. Ela disse que convenceria o pai se eu a tratasse bem, se é que me entende, eu não achei ruim por um tempo.

Mas eu conheci ela.

Era bom ter com quem trepar as vezes, eu confesso, então eu uni o útil ao agradável.

Hoje tudo mudou, eu dei a volta por cima, graças a essa troca. Mas não tive tempo de dispensar Angelina e seu pai de minha vida. E então eu fodi com tudo.

Fiquei sem reação nenhuma ao ver o amor da minha vida escapar depressa de minhas mãos. Senti vontade de acabar com minha vida quando eu cai na real do que aconteceu.

Ellie com certeza, esperava que eu mandasse a porra da Angelina pra casa do caralho e ter ficado com ela, mas eu não fiz, eu fui um filho da puta.

Continuo olhando para o corredor que ela passou, é como se meu mundo fosse junto, é como se eu não estivesse vivo.

Sinto raiva e nojo quando Angelina passa suas mãos em meu peito.

- Tire suas mãos de mim.

- Qual é baby, acabei de chegar de Paris depois de sete meses e é assim que me recebe?

- Fala oque você quer, já fez merda o bastante por hoje.

- Você sabe bem oque eu quero.

Ela diz mordendo os lábios. Meche no cabelo e, porra que cheiro forte do caralho.

- Não vai rolar mais.

- Como não? Meu pai está aqui!

Ela ameaça e eu sorrio com a informação.

- Ótimo, eu gostaria muito falar com ele.

Ela não entende muita coisa de primeira, ela é muito burra na maioria das vezes. Só convivi com ela na cama, mas em pouco tempo deu para perceber isso. Imagino o quanto já se aproveitaram dela como eu fiz.

Ela é filha única, muito mimada dês de sempre. Seus pais fazem tudo oque ela quer.

- Bom, ele está na arena. Eu vou competir esse ano!

Ela diz animada.

- Sabe oque isso quer dizer?

- Que isso não tem nada a ver comigo.

- Que você vai ser meu professor.

- Nem ferrando.

Ela continua sorrindo. E eu estou louco para sair daqui.

- Bom... eu vou tomar um banho, acabei de chegar de viagem. E depois vamos a arena.

- Vai sozinha, eu tenho outros assuntos a tratar. E dá o fora da minha casa.

Entro no meu quarto batendo a porta forte e a trancando em seguida, eu estou decepcionado comigo mesmo.

Me lembro de como Ellie ficou chateada comigo. E se ela nunca me entender? Oque seria de mim se ela não quiser mais olhar na minha cara?

Porque eu não consegui fazer nada?

Meu coração acelera, posso sentir minha mão molhar de suor. Minha respiração está forte e desregulada.

Essa angústia toda está me contaminando. Me sento na cama e me recuso a chorar, mesmo sentindo vontade.

Eu prometi a mim mesmo não chorar nunca mais. Depois que meu pai morreu e minha mãe me deixou sozinho eu me sentia vulnerável.

Todos que eu amo me abandonam.

Me sinto abandonado... ela não pode me abandonar também.

Comente e Vote bastante para sair mais capítulos hoje ❤️

Vocês conseguem!

Nota da autora

Quero agradecer aos comentários de vocês, eu amo essa interação. Eu gostaria que vocês continuassem, me dá vontade de escrever cada vez mais, e também não dá a sensação de que ninguém está lendo ou gostando da obra. Muito obrigada meninas, vocês são demais 😭❤️