O cowboy não me deixa ir

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E L L I E

É normal nos abraçamos, só que dessa vez, parecia diferente.

Eu e sanchinho nos conhecemos desde sempre. Me lembro de quando chorava pois eu queria que ele estudasse na mesma escola que eu.

Ele é meu único e melhor amigo. Nunca entendo o porque de eu não conseguir ter amigas quando criança ou adolescente. Eu não era uma má pessoa.

Nem minha aparência era tão ridícula.

Só era magra demais, dentes tortos, espinhas, óculos...

Na adolescência, se eu não chamava atenção por ser bonita, eu me esforçava para ser inteligente. Eu era premiada como melhor aluna em todos os anos. Acho que isso se tornava um alvo.

Isso foi bom, pois agora tenho meu próprio negócio e me sustento bem por conta de meus esforço sozinha.

Sanchinho nunca ligou para minha aparência feia, ele sempre diz que sou linda. Ele tem o coração bondoso e alegre.

Eu o abraço por muito tempo, é isso que eu preciso. Ele sempre está ali para me ajudar.

- Seja lá oque for, eu não vou insistir que me diga se não quiser dizer.

- Ok...

Me desprendo um pouco para olhar em seu rosto, e vejo um brilho em seus olhos castanhos. Seu sorriso é sincero.

- Comprei um presente pra você.

Eu sorrio e olho para o chão. Saio do abraço pegando o embrulho branco com detalhes prata.

- Sério? Nem é meu aniversário.

Nós rimos alto. E eu abro com cuidado.

- Muito obrigada, sanchinho você é o melhor, você sabe disso.

São botas!

- Que lindas, Sanches! Nossa...

Eu coloco em meu pé e couberam perfeitamente.

São lindas e combinaram com meu vestido.

Vejo Sanches sorrir com os olhos olhando para mim.

- Você é linda.

Eu dou uma volta sorrindo.

- É, estou sabendo.

Olho mais um pouco nos detalhes da bota sorrindo. Eu estou feliz, bem... um pouco triste também, mas eu não posso deixar que um homem me deixe assim.

- Vamos dar uma volta de cavalo?

-  SIM!

Eu digo pulando. Agarro seu braço com o meu e o levo pra fora da casa.

Tranco a porta e entro em seu carro.

Eu amo andar a cavalo. No dia em que completei treze anos eu decidi que queria aprender. Então Sanches me ensinou e eu aprendi rápido.

Hoje em dia é um hobby, gosto de fazer prova dos tambores mas nunca competi. Meu vô e Sanches me perguntam porque eu não participo, e é simples.

Eu tenho medo, muito medo de errar.
Mas eu não tenho medo do novo, então um dia eu vou competir.

Chegamos ao curral do pai de Sanches e lá estava Simão alisando Alex, meu grande corredor.

- Olá Simão!

Ele olha sorrindo pra mim e baixa a cabeça me cumprimentando.

- Belas botas.

- Obrigada.

Ele termina de ajustar a cela e traz Alex pra mim.

Subi no cavalo e espero por Sanches com seu cavalo.

- Vamos?

Eu pergunto sorrindo, e ele sai na frente. Como ele ousa me desafiar?

Bati em Alex e corri o mais rápido o possível.

Corremos muito em uma de nossas competições de corridas malucas, mas agora eu vou devagar aproveitando o vento em meu rosto que bagunça meus cabelos. acho que andar a cavalo é uma das coisas mais relaxantes que existe.

Olho para o ambiente verde, exalo o cheiro natural do campo, acho que eu poderia viver aqui.

Chegamos a um local que me parecia de rodeio, lá eu vejo a arena de areia, vejo algumas competidoras e tinham três tambores.

Era raro eu errar, sou rápida e ágil nessa prova.

Não perdi tempo, entrei sem pedir permissão, e passei na frente de uma mulher.

- Ellie espera!

Escuto Sanches, mas finjo não escutar. O deixo para trás.

Passei pelo primeiro tambor, meu coração acelera, vejo areia tocar em minhas coxas nuas o vento levanta meu  vestido, mas não me deixo abalar por isso.

Inclinei meu corpo ao sentir Alex ir cada vez mais rápido, passei pelo segundo tambor sem tocá-lo, moleza.

O último tambor estava a vista, chicoteio meu cavalo para que ele vá mais rápido e passo com sucesso pelo tambor.

Alex entende quando eu cutuquei sua barriga para que ele vá mais rápido enfim eu termino a prova.

- Puta merda, ela fez 16 segundos! E recorde, quem é ela?

Eu olho para o lado e vejo um homem, presumo que seja algum coordenador ou algo do tipo.

Vejo cabelos louros e sinto o perfume forte de mais cedo. Merda, Angelina está aqui.

Me aproximo com meu cavalo e vejo que eu menos queria ver aqui. Robert está com ela, ele me viu competir, robert dividia seu olhar entre mim e sanches que chegava proximo.

A desgraça finje que não sabe montar no cavalo, como se ela fosse aleijada das pernas, quem não consegue subir em um cavalo? E ele a ajuda. vai a merda você e essa sirigaita.