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MARTINA LAVENTURA

As minhas mãos trabalhavam juntas enquanto o Márian Vajda me treinava. Eu andava muito ansiosa por causa do Masters de Indian Wells, um campeonato de tênis. As melhores tenistas estavam lá e eu tinha medo de que não fosse boa o suficiente.

— Está indo muito bem, Tini. — o meu treinador disse e eu abri um sorriso de ponta a ponta ao ouvir ele. — Seu drop-shot melhorou bastante. Tem treinado sozinha?

— Para ser sincera, não, Vadja. — eu disse bem humorada e corri para bater na bola, mandando de volta para o meu treinador. — Les vem me ajudando.

— Essa garota é prodígio igual a você. Não sei porque não investe no tênis também. — o meu treinador gritou do outro lado da quadra. Eu dei de ombros e quando marquei o quarto ponto, ganhei do mais velho. — Descansa um pouco, garota. Você vai precisar. Está treinando muito.

Saí da quadra de tênis que usávamos para treinar e fui ao vestiário pegar as minhas coisas. No mesmo momento, o meu celular começou a tocar, sinalizando que alguém estava me ligando. Peguei o aparelho e vi que era a Cleo e a Celeste

Quem fez a janta hoje? Porque eu estou fora! — Leste foi a primeira a se manifestar e eu imediatamente respondi. Eu odiava fazer comida.

— Pois eu também. — eu disse. Pude ouvir quando a Leo bufou e soltei uma risadinha.

Sempre sobra para mim, que judiação. — a modelo reclamou e nós rimos. Realmente, Cleo era a que mais tinha dotes culinários. — Mas hoje não, meus amores, hoje não! Ibiza, sim ou com certeza?

Ibiza?

Em uma sexta à noite? Onde ela estava com a cabeça?

A ideia foi tão repentina que me fez erguer as sobrancelhas, eu definitivamente não esperava por isso.

Você acha mesmo que eu vou sair do conforto do meu apartamento para ir à Ibiza encher a cara? — Celeste perguntou e soltou uma risada sarcástica. A Mendez imitou ela com uma voz aguda e pude ouvir a italiana bufar.

Meu treinador pediu para eu descansar... Qual é a melhor forma de descansar, se não em Ibiza rodeada de homens gostosos?

Acho. — Cleo respondeu. — É só um bate-volta, vai... A gente passa um dia lá e depois volta. Vem logo para casa para arrumar a sua mochila.

— Vamos que horas? — eu perguntei em um tom de voz animado.

Logo logo. Achei um voo para oito e meia. — a modelo disse e eu arregalei os meus olhos. Encarei o meu relógio e vi que já eram sete horas.

(...)

Já estávamos em Ibiza, mais especificamente na Pacha, uma boate local. Eu precisava beber, meus músculos estavam pedindo socorro e nada melhor do que álcool para cura-los.

Celeste sumiu de repente, mas mandou mensagem no grupo falando que não estava se sentindo muito bem e foi para o hotel. Cleo provavelmente estava na pista de dança e eu estava no bar. Senti meu corpo queimar com a sensação de ter alguém me olhando fixamente e virei o rosto para os lados, procurando a possível pessoa.

Percebi que era um homem. Alto, seus olhos e fios de cabelo eram escuros e ele tinha uma tatuagem no braço. Quando ele percebeu que eu estava o encarando de volta, se aproximou de mim e molhou os próprios lábios.

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