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MARTINA LAVENTURA📍Barcelona, Catalunha

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MARTINA LAVENTURA
📍Barcelona, Catalunha.

Observei o meu filho ou filha na máquina de ultrassom e senti muitas lágrimas escorrerem dos meus olhos. O doutor direcionou um sorriso fechado na minha direção como se me dissesse que tudo bem se eu fosse mãe sozinha.

Bom... Como eu explicaria para ele?

— Eu já posso saber o gênero da criança? — eu perguntei. O grisalho assentiu e mexeu outra vez na máquina de ultrassom. Eu ficava cada vez mais ansiosa enquanto ele demorava anos para saber o sexo do bebê.

— Tem certeza? — o doutor perguntou mais uma vez. Eu assenti impaciente e mordisquei o meu lábio inferior. Eu sou o tipo de pessoa totalmente ansiosa, acho que ninguém nunca ganharia de mim nesse quesito. E eu precisava melhorar isso porque faria mal a minha filha ou... — É uma menina.

Meu Deus.

Arregalei os olhos e encarei a minha barriga pouco elevada. Um sorriso surgiu nos meus lábios e toda a preocupação que eu sentia se esvaiu. Eu era mãe de uma menina! Uma menina!

Qual nome eu colocaria nela?

Limpei a minha barriga com o papel que o doutor ofereceu e ajeitei a minha blusa. Nós conversamos sobre mais algumas coisas e ele disse coisas que eu devo e não devo fazer. Além disso, ele me explicou que o motivo da minha barriga não crescer pode ser diversos fatores, incluindo a minha constituição física, a posição da bebê ou a quantidade de líquido amniótico. Isso é normal, ou seja, eu não preciso me preocupar com isso.

Peguei o meu celular quando saí da sala de consulta e percebi que o Ferran estava me ligando. Eu não escutei porque o aparelho estava no modo silencioso.

Desde que eu e ele voltamos, ele anda mais grudento e eu não sei como me sentir com isso. Sei que isso é algo bom, mas acho que todo mundo às vezes precisa de um pouco de espaço né? Talvez fossem os hormônios da gravidez.

Liguei para o pai da minha filha e com um sorriso, escutei a voz dele por trás da linha. Acho que eu nunca estive tão feliz em falar com ele quanto eu estou nesse momento. Nós seríamos pais de uma menina. Ferran tinha cara de pai de menina.

Patroa? — o homem disse por trás da linha. O tom de voz dele continha preocupação e ele me chamou rapidamente. — Estava ocupada? Não me atendeu.

— Vim ao hospital... — eu disse. Engoli em seco e roí o canto da minha unha, pensando o que e como eu falaria para ele que eu estava carregando uma criança nossa no meu útero. — Nós precisamos conversar.

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