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3 meses depois

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3 meses depois.

MARTINA LAVENTURA
📍Barcelona, Catalunha.

Ferran estava fazendo a nossa janta quando eu senti um líquido morno escorrer pelas minhas pernas e encharcar a minha cama. Eu engoli em seco e arregalei os meus olhos, levantando com dificuldade a metade do meu corpo. South Park passava na televisão do meu quarto.

— Ferran! — eu gritei. O meu noivo gritou de volta e acho que quando ele percebeu que eu não desceria as escadas, ele subiu correndo e assustado. O moreno encarou o meio das minhas pernas e levou as mãos até a cabeça, abrindo a boca em um "o" e arregalando os olhos. — Ficar boquiaberto não vai me ajudar.

— Tudo bem. Martina... Martina... Martina... — o atacante ficou murmurando de olhos fechados e eu enruguei a minha testa. A minha obstetra disse que se ele ficasse nervoso, era para ele ir ao lugar paradisíaco dele, que era basicamente na mente dele. — Amor, se acalma. É... Eu vou pegar a bolsa da maternidade, você consegue tomar banho sozinha?

— Consigo. — eu respondi calmamente. Ferran me ajudou a levantar da cama e me guiou até o banheiro da nossa suíte, logo depois ele sumiu e eu ouvi ele colocar a bolsa na cama. Não demorou muito tempo para ele voltar e me ajudar a tirar as minhas roupas, além de tomar banho.

(...)

Enquanto eu era conduzida para a sala de cirurgia, eu senti uma onda de nervosismo percorrer meu corpo. As luzes brilhantes, os sons dos equipamentos médicos e o cheiro característico do ambiente hospitalar cercavam-me, intensificando as minhas emoções. Eu sentia tanto nervoso que parecia até que eu iria infartar. Ferran, ao meu lado, segurava minha mão com força, transmitindo seu apoio silencioso. Ele parecia mais nervoso do que eu, dava para perceber pelos seus olhos escuros e a sua expressão facial preocupada.

Cada vez mais que nós nos aproximávamos, o meu coração acelerava. Enquanto me posicionavam na cama, o calor reconfortante das mãos do meu noivo e pai da minha filha na minha pele trouxe uma calmaria em meio ao turbilhão de sensações. Eu fixei meu olhar no rosto dele, buscando força e segurança.

— Vai dar tudo certo, princesa. — Torres murmurou. Ele apertou a minha mão suavemente e direcionou um sorriso reconfortante para mim. — Eu amo vocês, minhas meninas.

(...)

— Já se passaram dez horas e a senhora ainda está com sete centímetros de dilatação. Prefere fazer o parto cesariano ou esperar mais tempo? — uma enfermeira perguntou. O meu obstetra estava em outra cidade, mas já estava chegando.

Encarei o Ferran, pedindo uma opinião a ele e ele levantou as mãos em rendição.

— O corpo é seu. Você tem que escolher o que é melhor para você. — Ferran respondeu. Eu quis sorrir pela resposta, mas não o fiz, então assenti.

bathroom, ferran torres. Onde histórias criam vida. Descubra agora