bathroom, ferran torres.

21.

MARTINA LAVENTURA
📍Barcelona, Catalunha.

Ferran estava insuportável hoje.

Na verdade, ele está insuportável todos os dias desde que eu estive grávida, mas hoje está pior... Muito pior. Bom, eu amo o meu homem, lógico, mas ele está insuportável enquanto diz o quanto está com ódio da partida de um dia e meio atrás, onde eles perderam para o Clube América, um time mexicano.

O único problema é que ele está falando sobre esse jogo desde então. Nós estamos na nossa cama. Agora eu moro com ele na sua casa por causa da nossa filha.

— Ai, García... Cala a boca! — eu esbravejei. O meu namorado me encarou assustado e eu revirei os meus olhos, cruzando o meu braço rente aos meus seios e o moreno levou a mão dele até o meu cabelo, onde ele colocou uma mecha para trás da minha orelha. — Eu já estou escutando você falar sobre esse jogo há um dia e meio. Você não cansa não? Até a nossa filha já está irritada. Se vocês perderam, é porque não era para ganharem.

— Você é madridista. Não tem lugar de fala sobre o meu Barcelona. — Torres comentou bravo. Eu levantei da cama e passei a mão na minha barriga que estava cada vez maior, parece que começou a crescer mais quando completou cinco meses. O meu namorado correu atrás de mim e me ajudou a descer as escadas.

Eu bufei e revirei os meus olhos.

— Eu sei fazer isso sozinha, Ferran. — eu defendi o meu ponto de vista. De qualquer forma, ele me ajudou a descer as escadas e nós fomos a cozinha. — Quando estivermos perto dos oito meses, você pode me ajudar, mas ainda estamos com cinco meses. Não precisa disso.

— Foda-se. — o meu namorado disse. Eu enruguei a minha testa, me sentindo ofendida, mas quando ele segurou a minha barriga por baixo, eu soltei um suspiro aliviada, entreabri a minha boca, fechei os meus olhos e deitei a minha cabeça no peitoral dele. Senti ele deixar um beijo na minha têmpora e um sorriso aliviado surgiu nos meus lábios.

— Ai, meu amor... Eu te amo. Obrigada por isso. — eu agradeci. Ferran deixou um beijo no meu pescoço enquanto ainda segurava a minha barriga. Eu virei o meu rosto e juntei as nossas bocas em um beijo calmo e de agradecimento. — Faz isso todos os dias, por favor. Eu te imploro.

— Vou fazer, patroa. Você que manda. — Ferran disse. Ele soltou a minha barriga com delicadeza e pegou algumas coisas para fazer a nossa janta.

(...)

Ferran estava deitado com a cabeça no meio das minhas pernas enquanto assistíamos South Park no nosso quarto, isso mesmo, South Park. Ele gostava do desenho animado tanto quanto eu e nós resolvemos assistir juntos. Uma das mãos dele estava apertando a minha coxa às vezes e as minhas mãos estavam acariciando os fios de cabelo escuros e curtos dele. Já tínhamos jantado.